O famoso “chocolate do Dubai” está a levar a uma corrida aos supermercados europeus, com o produto a esgotar num instante. Em Portugal, por exemplo, já se vendem tabletes por dezenas de euros na OLX e na Vinted. No Reino Unido, há quem tenha apanhado o avião para Dubai para comprar
O “chocolate do Dubai” é a última grande tendência no mercado de consumo mundial. À boleia de ‘influencers’, o produto tornou-se viral nas redes sociais, e despoletou uma verdadeira loucura em quase todo o mundo.
Na verdade, o verdadeiro chocolate do Dubai, produzido pela Fix, só se pode comprar nos Emirados Árabes Unidos, mas as recriações do produto já andam por aí, lançadas por várias marcas.
A Lindt colocou à venda a sua versão daquela iguaria que prontamente esgotou. A versão do chocolate do Dubai do Lidl, produzida através da marca J. D. Gross que pertence à rede de supermercados, está a vender-se por 4,99 euros a tablete em Portugal.
O Aldi foi proibido na Alemanha de comercializar a sua versão do chocolate porque os tribunais consideram que a cadeia de supermercados não lhe pode chamar “chocolate do Dubai” porque é produzido na Turquia.
Na plataforma Vinted, onde se podem vender produtos em segunda mão, há anúncios a venderem a mesma versão por quase 100 euros. Nesta plataforma, há ainda quem esteja a pedir 120 euros por uma tablete de 200 gramas identificada como “real Dubai chocolate”, sublinhando que é feito mesmo nos Emirados Árabes Unidos, produzida pela Fix.
A empreendedora anglo-egípcia Sarah Hamouda é a autora da receita original desta guloseima, apelidada “Can’t get Knafeh of it”. Confecionado pela fabricante de chocolate Fix, sediada no Dubai, empresa fundada em 2021, o doce parece, à primeira vista, uma simples barra de chocolate de leite, embelezada com um design artístico inspirado em Jackson Pollock, um pioneiro do expressionismo abstrato.
Mas a sua originalidade está no que contém: um recheio de creme de pistachio, tahini (creme de sésamo) e cabelos de anjos torrado (knafeh ou kataifi), o que lhe confere a sensação crocante que, segundo os seus fãs, é incomparável. Os ingredientes que fazem a diferença desta especialidade incluem pistachio, pasta de tahini e Knafeh (conhecido também como kataifi) – uma sobremesa popular do Médio Oriente e dos Balcãs. O seu nome deriva da palavra árabe “kataif”, que se refere a uma espécie de massa fina e delicada.
O kataifi é feito com uma massa que se apresenta como fios de cabelo, que é obtida a partir de uma mistura de farinha de trigo, água e um pouco de óleo ou manteiga. Esta massa é especial porque, ao ser preparada, forma longos fios que se entrelaçam, criando uma textura leve e crocante. Esse é o recheio do “chocolate do Dubai”.
A popularidade mundial da barra ‘Can’t Get Knafeh of It’ disparou quando a influenciadora gastronómica Maria Vehera publicou um vídeo a experimentar o chocolate no seu carro. O vídeo do TikTok tornou-se viral e já conquistou muitos milhões de visualizações e de gostos, levando outros a criar os seus próprios vídeos de reação ao famoso bar.
Atualmente, a barra de chocolate original só está disponível para compra no Dubai, mas, segundo os relatos, isso não impediu alguns europeus – e não só – de apanhar um avião e viajar milhares de quilómetros para a experimentar. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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