Macau recebe a edição de 2025 do Festival Literário, um festival multidisciplinar que mistura literatura, fotografia, cinema e música, com artistas internacionais e um programa diversificado de eventos que se estende até ao dia 30 de Março
Arrancou hoje às 17h a décima quarta edição do Festival Literário de Macau, um festival de dez dias que reúne literatura, fotografia, cinema e música, até ao dia 30 de Março. O evento pretende envolver o público através de uma variedade de formatos, incluindo painéis de discussão, exposições de arte e fotografia, projecções de filmes e documentários e espectáculos ao vivo.
O festival teve início com um evento de pré-abertura ontem, marcado pela inauguração de “O Vento Sopra na Pradaria”, uma exposição de fotografia de Wang Zhengping. Hoje, a abertura oficial apresentará “Novas Independências”, uma exposição de fotografia de Alfredo Cunha, juntamente com um debate sobre a escrita de poesia na era da inteligência artificial, com a participação de Jia Wei, Xu Jinjin, Zang Di, Chan Ka Long e Shanshan Wang. Os eventos do dia de abertura encerram com um concerto de Peace Wong.
O programa inclui uma série de novos lançamentos, painéis literários e projecções de filmes no dia 22 de Março. Jessie Rao Yongxia conduzirá um workshop de fotografia, “Novo Tempo Nómada. Observação Singular”, enquanto André Letria apresentará a palestra, “Desenhar Palavras, Escrever Imagens”. O lançamento de livros inclui “A Rapariga que Sonhava”, de Sonia Leung, e “O Teu Rosto Será o Último”, de João Ricardo Pedro e Luís Filipe Rocha, que também será apresentado como filme posteriormente no festival. Entre os eventos adicionais contam-se um workshop de ilustração por André Letria, uma ‘masterclass’ de escrita criativa por Sonia Leung, e debates sobre a literatura de Hong Kong e Macau, bem como sobre a Rota Marítima da Seda.
Já no dia 23 de Março, haverá uma visita guiada a Macau, conduzida por Jason Wordie, uma palestra de Xu Jinjin sobre a escrita para uma poética de testemunho e o lançamento da revista “halftone#11 – Fabula Orientis & Other Stories”. Será também lançado o livro “Mais Uma Desilusão” de Valério Romão, seguido de um recital de poesia, “Voar Para Além de Novas Formas de Ignorância”. O dia contará ainda com um workshop de fotografia por Jessie Rao Yongxia, uma sessão de cinema e debate sobre habitação económica de Portugal a Macau e a projecção do filme “Cinzento e Negro”, de Luís Filipe Rocha.
A aposta na literatura e no património cultural prossegue no dia 24 com exposições de fotografia e sessões de cinema, mantendo a diversidade da programação ao reunir vozes de diferentes origens para debater os temas apresentados.
De 25 a 27 de Março, o festival promove sessões de cinema e debates, incluindo “Amor e Dedinhos de Pé” e “Sinais de Fogo”, de Luís Filipe Rocha, e documentários como “À Medida que Fomos Recuperando a Mãe” e “A Mulher que Morreu de Pé”.
Os eventos de encerramento do festival, nos dias 29 e 30 de Março, incluem debates sobre a escrita feminina de romances, as mudanças sociais em 2025 e a relação entre poesia e música. Também as palestras abordarão temas que vão desde a história de Angola, às alterações climáticas e à literatura lusófona. O lançamento de livros contará com obras de Marina Pacheco, Lin-Tchi-Fá, Tony Banham, Paul French e Thomas DuBois, a par de uma sessão de ilustração e contos com a participação de Catarina Mesquita, Lydia Ieong e Rodrigo de Matos, e um concerto da Lisbon Poetry Orchestra. O festival termina com “Um Banquete de Histórias – Sete Pratos, Sete Tradições”, uma experiência sensorial que combina narração de histórias e gastronomia.
Os locais da edição de 2025 do Festival Literário de Macau incluem o histórico Antigo Matadouro Municipal, o Teatro Capitol, o Teatro D. Pedro V, o Albergue SCM, o Artyzen Grand Lapa Macau e o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. Guiomar Salema – Macau in “Ponto Final”
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