Um
movimento em defesa do Alentejo considerou este sábado “um imperativo nacional”
a utilização do aeroporto de Beja como alternativa à construção do novo
aeroporto do Montijo, argumentando que não implica problemas ambientais nem requer
um investimento de milhões
Em comunicado divulgado hoje,
a comissão dinamizadora do movimento AMAlentejo afirma que o Programa Nacional
da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), cuja proposta de revisão está
em discussão pública até ao próximo dia 15, prevê a construção do novo
aeroporto do Montijo, sem considerar o aeroporto de Beja.
No entanto, segundo o
movimento, a utilização do aeroporto de Beja “como alternativa à construção de
um novo aeroporto no Montijo é um imperativo nacional”.
“Por essa Europa fora, o que
não falta são aeroportos a mais de uma hora de viagem da capital que servem”,
pode ler-se no comunicado.
Segundo o AMAlentejo, “os
problemas ambientais e a concentração demográfica da grande Área Metropolitana
de Lisboa são conhecidos e não podem ser subestimados e muito menos ignorados”.
“O Aeroporto Internacional de
Beja constitui a alternativa necessária” e “reúne todas as condições que um
novo aeroporto na grande Área Metropolitana de Lisboa não tem, nem nunca terá”,
argumenta a comissão dinamizadora.
A infraestrutura localizada em
Beja, assinala o movimento, “não tem problemas ambientais, situa-se numa das
zonas de mais baixa densidade demográfica do país” e “não precisa de milhões de
investimentos para funcionar”.
A sua utilização, vinca o
movimento, “irá criar oportunidades de emprego e contribuir para o
desenvolvimento de uma zona do interior até ao presente esquecida pelo
centralismo cego e asfixiante de S. Bento”.
“Os milhões que se pretendem
gastar na construção de um novo aeroporto no Montijo”, para o AMAlentejo, devem
antes ser “canalizados para eletrificar a linha ferroviária” entre Portalegre,
Évora, Beja e Funcheira, com ligação a Faro, sendo dada “prioridade imediata
para o troço Beja-Casa Branca”.
O movimento considera que
“ainda é possível mobilizar verbas do Portugal 2020” de forma que sirvam “para
o futuro coletivo” do Alentejo.
O AMAlentejo, que conta com
adesões de mais de 80 instituições e cerca de 300 personalidades, foi criado em
abril de 2015 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento económico e
social do Alentejo, desenvolver ações conducentes à regionalização e apoiar,
valorizar e defender o poder local.
Para Castelo de Vide, no
distrito de Portalegre, está agendado o próximo congresso do movimento, nos
dias 30 de junho e 01 de julho. In “Sapo 24” – Portugal
Sobre o tema “Aeroporto de
Beja” poderá ler o artigo: Aeroportos
Sem comentários:
Enviar um comentário