O
administrador da Macau Legend Development, David Chow, disse estar aberto a
todo o tipo de negócios em países de língua oficial portuguesa e manifestou
interesse em arrancar para Angola e Timor-Leste. Interessam-lhe todo o tipo de
sectores, dos recursos minerais à agricultura. Em Cabo Verde, a construção do
hotel e casino poderá estar concluída dentro de ano e meio, adiantou o
empresário
David Chow quer expandir o
sector de negócios para Angola e Timor-Leste e está interessado em investir em
qualquer ramo empresarial, afirmou o administrador da Macau Legend Development,
à margem da Assembleia Geral Anual da empresa que gere o complexo da Doca dos
Pescadores em Macau.
“Estamos abertos a todo o tipo
de negócios, [no sector dos] minerais, agricultura, recursos, reciclagem,
transportes”, disse o empresário aos jornalistas. “Eles só têm que me dizer em
que sector necessitam mais de mim”, adicionou. David Chow manifestou desejo de
integrar a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” utilizando a plataforma oferecida
por Macau para chegar aos países de língua portuguesa.
Cabo Verde é o país onde o
empresário tem concentrado o investimento realizado em países africanos de
língua portuguesa. Em Fevereiro, começou na cidade da Praia a construção da
ponte que liga o ilhéu de Santa Maria ao continente e foi lançada a primeira
pedra do Hotel Praia da Gamboa. O projecto está avaliado em 250 milhões de
euros, cerca de 2,3 mil milhões de patacas.
“O local para a ponte de
ligação ao ilhéu [de Santa Maria] já está pronto. Em Agosto deste ano vamos
começar a [construção] do casino e do hotel. Penso que não é um grande
projecto. O casino vai estar pronto em menos de um ano. O hotel talvez dentro
de ano e meio. Portanto, mantemos a nossa promessa de três anos”, afirmou David
Chow.
Em relação à criação de um
banco em Cabo Verde, o Banco Sino-Atlântico, o Governo cabo-verdiano ainda está
a avaliar, disse David Chow. O banco visa apoiar pequenas e médias empresas e
facilitar pagamentos locais e internacionais.
Sobre o resort em Tróia, no
distrito de Setúbal o empresário queixou-se de continuar à espera da aprovação
das autoridades em Portugal, aconselhando os jornalistas a irem perguntar ao
Governo português mais pormenores.
No ano de 2017 a empresa
registou um aumento de receita em 24,8%, ou seja, cerca 1800 milhões de dólares
de Hong Kong, como resultado do aumento das contribuições do Legend Palace –
Hotel e Casino, em Macau, e o Savan Resorts, no Laos. Apesar deste crescimento,
2017 foi marcado pelo aumento nos custos operacionais devido à abertura do
Legend Palace Hotel e Casino, os danos e perdas de receitas como resultado do
tufão Hato, além de um aumento nos custos financeiros relacionados com o grupo.
O empresário espera que, com a conclusão da venda do Landmark Macau, pelo valor
de 4,6 mil milhões de dólares de Hong Kong, em finais de Abril, poder melhorar
a liquidez do grupo, por forma a prosseguir os planos de desenvolvimento e de
expansão da empresa.
David Chow continua, porém, à
espera das licenças do Governo para prosseguir o projecto de expansão da Doca
dos Pescadores. “Nós ainda estamos à espera da licença do Governo para o hotel
primeiro”, afirmou, quando questionado sobre o ponto de situação das
construções previstas para aquela área. A Macau Legend Development aceitou já
uma redução de um terço na altura anteriormente proposta para o hotel que o
grupo planeia construir, de 90 para 60 metros de altura.
David Chow acrescentou, ainda,
que não exclui a possibilidade de concorrer a uma licença de jogo, caso as
condições se reúnam de forma satisfatória. O Governo anunciou o ano passado que
pretende lançar um novo concurso para a atribuição dos contratos de concessão
da exploração de jogos de fortuna ou azar, que terminam entre 2020 e 2022. Para
já, a empresa tem um contrato com a SJM Holdings, para a utilização da licença
da concessionária de casinos de Macau. Cláudia
Aranda – Macau in “Ponto Final”
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