O vice-ministro do Comércio e
Serviços do Brasil sublinhou na passada sexta-feira o “interesse renovado” do
Governo brasileiro em intensificar as relações comerciais com a China e lembrou
que Macau irá servir como plataforma de integração “pela língua e cultura”.
Em Macau para o seminário
sobre o Comércio de Serviços entre a China e os Países de Língua Portuguesa,
Douglas Finardi Ferreira identificou “três áreas principais” que chamam
especialmente a atenção do Brasil. “Falamos da capacitação mútua entre os países,
a parte de troca de investimentos e, por último, a divulgação da lusofonia”,
disse aos jornalistas à margem do evento, organizado pelo Fórum para a
Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa
(Fórum Macau) e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau
(IPIM).
Questionado sobre o Fundo de
Cooperação para os Países de Língua Portuguesa, o governante admitiu que já
“existe um fundo bilateral específico entre Brasil e China para investimento”.
No entanto, “é provável que o fundo de Macau possa ajudar as empresas mais
pequenas”, até porque “70% da economia brasileira é representada por
microempresas e o valor mínimo do investimento Brasil-China é muito alto, na
ordem dos 100 milhões de dólares”, acrescentou a vice-ministra adjunta, Renata
Carvalho.
O Brasil quer continuar a
acompanhar a China porque o gigante asiático – que já é o seu maior parceiro a
nível comercial – “vai ser líder mundial”, disse à imprensa Dácio Pretoni,
consultor internacional da Confederação Nacional de Serviços do Brasil. “Na
área dos serviços, principalmente no sector da tecnologia, o Brasil tem muito a
exportar e a China é a importadora desses serviços”, declarou Pretoni. “Esta
relação bilateral é muito favorável” e, neste sentido, “existem iniciativas de
ambos os países, inclusive, através de Macau, para que incubadoras e fundos de
investimento venham a promover start-ups, para que soluções brasileiras entrem
no mercado chinês e vice-versa”, concluiu.
Em 2017, as trocas comerciais
entre a China e a Lusofonia fixaram-se em 117.588 milhões de dólares
norte-americanos, verificando-se um crescimento de 29,4%. In “Ponto
Final” - Macau
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