O presidente da Nicarágua,
Daniel Ortega, afirmou que o canal que a empresa chinesa HKND pretende
construir até 2020 não será uma ameaça para o Panamá, mas um complemento para a
procura do comércio marítimo mundial. "O canal da Nicarágua não ameaça o
Panamá, são esforços complementares, temos outras rotas exigidas pelo
desenvolvimento do comércio mundial", disse Ortega depois de receber o
novo embaixador do Panamá, Eddy Rodriguez.
Em 22 de dezembro de 2014, a
empresa chinesa HK Nicarágua Desenvolvimento Invesment (HKND) inaugurou as
obras preliminares para a construção de um longo canal 278 km que irá percorrer
o lago Nicarágua, a maior fonte de água doce da América Central.
O projeto da Nicarágua, no
valor de US$ 50 mil milhões tem como objetivo capturar 5% do comércio marítimo
mundial (assim como Panamá) e se tornar um grande centro de logística global.
Ortega acrescentou que a Nicarágua vai construir o seu canal depois de várias
tentativas feitas ao longo da sua história e um século depois do Panamá abrir a
primeira rota através de um canal na região.
O administrador do Canal do
Panamá, Jorge Quijano, declarou no ano passado à AFP que a América Central não tem
condições para dois canais. A HKND argumenta, contudo, que o crescimento do comércio
entre a Ásia, os EUA e a América Latina e a tendência para a construção de
navios de maior porte justifica a existência de um segundo canal na região. De
acordo com o Panorama, Ortega admitiu que o impacto ambiental e social do canal
da Nicarágua foi fundamental para avançar com a obra, sem dar mais detalhes ou
falar sobre as críticas feitas por grupos ambientais, ou os protestos
realizados por milhares de agricultores ameaçados de expropriação.
Ortega apenas afirmou que o
relatório de impacto ambiental elaborado pela consultora britânica
Environmental Resources Management (ERM) que a HKND lhe entregou em 31 de maio
de 2015 levou em conta as recomendações feitas pela Ramsar, a agência da ONU
que trabalha para a conservação das zonas húmidas.
A Nicarágua garantiu a
concessão para a HKND, com sede em Hong Kong em Junho de 2013, por um período
de 50 anos renováveis por um período similar. In
“Container Management” – EU América
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