As exportações de açúcar na
campanha de 2015/16 poderão registar um crescimento na ordem de 19%, atingindo
um nível de 305.688 toneladas métricas, com os rendimentos de exportação a
diminuir até menos de 110 milhões de dólares norte-americanos.
Os principais mercados de
exportação continuam a ser a União Europeia, os Estados Unidos e os mercados
regionais.
Segundo dados a serem
aflorados hoje, no distrito da Manhiça, província de Maputo, durante um
encontro para debater os desafios da Indústria do Açúcar, tanto que a queda das
receitas de exportação deste produto resulta da redução de preços no mercado
internacional.
De acordo com os mesmos dados,
a indústria açucareira continua a dar precedência ao mercado nacional alargando
a distribuição em todo o país através de uma rede de 17 depósitos de vendas.
Estes armazéns permitem uma
projecção em todas as províncias, garantindo a disponibilidade do açúcar em
todo o país, independentemente da distância em relação às fábricas.
O sistema de distribuição
promove a participação local na troca de valor através de relações comerciais
com os grossistas locais. A activação da procura é apoiada por campanhas de
comercialização e publicidade.
Referem os mesmos dados que a
indústria açucareira produziu 422.622 toneladas métricas de açúcar durante a
campanha de 2014/15, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Na mesma
altura foram distribuídos no mercado nacional 141.434 toneladas métricas e o
restante foi exportado.
Refira-se que o sector
açucareiro sofreu um grande revés durante o último conflito armado, tendo quase
todas as fábricas sido destruídas e os campos de cana abandonados, fazendo com
que o país dependesse em cerca de 100 por cento da importação dos países
vizinhos, com destaque para África do Sul, Suazilândia e Zimbabwe.
Foi neste contexto que, com o
financiamento de instituições financeiras internacionais, investiu-se num
projecto de relançamento da indústria, tendo em conta o seu papel estratégico
não só para as exportações, como também para a criação de postos de trabalho.
Os investimentos privados
realizados em quatro das seis fábricas, nomeadamente nas açucareiras de
Marromeu, Mafambisse, Xinavane e Maragra totalizam 800 milhões de dólares
No ano da cessação do conflito
armado, quando a produção de açúcar em Moçambique era de apenas 13.000
toneladas métricas, resultantes de uma área plantada de cana sacarina de 3941
hectares, representando escassos postos de trabalho, tanto directos como
indirectos.
Neste momento o sector
açucareiro emprega mais de 35.000 trabalhadores entre permanentes e sazonais.
São empregos que ocorrem em áreas rurais e menos desenvolvidas.
O seminário a decorrer
nas instalações da Açucareira de Xinavane será dirigido pelo ministro da
Indústria e Comércio, Max Tonela, contando com a participação de quadros
superiores da Illovo Sugar Ltd, Grupo Tereos SA e Tongaat Hulett Sugar Ltd,
multinacionais que são accionistas das açucareiras da Maragra, Marromeu,
Mafambisse e Xinavane congregados na Associação dos Produtores de Açucar de
Moçambique (APAMO) e DNA – Distribuidora Nacional de Açúcar, bem como dos
respectivos directores-gerais. In “Jornal de Notícias” -
Moçambique
Sem comentários:
Enviar um comentário