Ficámos a saber ser a Grécia
um país extraordinariamente rico em recursos naturais no seu subsolo –
petróleo, gás natural, urânio, ouro, ósmio e 24 dos 35 minerais raros
internacionalmente reconhecidos. Facilmente se compreende o valor intrínseco
que esses minerais possam gerar e a importância estratégica desta Nação.
Também ficámos a saber que
todas as iniciativas no sentido de lançar concursos para a criação de
infraestruturas para a sua extração foram em vão. Eram sistematicamente pressionados
para parar o processo e avisados de que “nada se iria materializar”,
independentemente das diligências realizadas.
Segundo as estimativas tem 40 mil
milhões de barris de petróleo. Existe a convicção de que se este recurso fosse
comercialmente explorado seriam das nações mais ricas do mundo. Estudos
exaustivos realizados há cerca de trinta anos revelam que Tessália e Grevena
são regiões ricas com jazigos importantes de petróleo e gás natural.
Localizados “on shore” seriam de fácil exploração. Segundo os senhores
Lialokos, Papavasiliou e Nikolaou, entre outros, a localização dos jazigos de
petróleo foi mapeada nos estudos realizados. Um mapa global de energia revela
que apenas a Grécia não tem explorado os seus recursos naturais nas regiões
relevantes.
Por regra, os governos
passados desculpam-se com as atitudes provocatórias dos Turcos (apoiados pelos
Americanos) no mar Egeu que os levou a suspenderem todas as iniciativas. Os
Turcos atacaram as ilhas gregas Imia em 1996. Os gregos não reagiram, perante a
ameaça de intervenção da força aérea norte-americana estacionada nas bases turcas.
A ausência de reação por parte do governo Grego levou a que a região fosse
considerada “zona internacional” e a prospeção turca pode começar. Acresce que
existe também muito petróleo na zona ocidental da Grécia, que se estende de
Corfu a Creta e ao mar líbio, longe das fronteiras turcas.
Só os jazigos de ouro de
Halkidiki fariam da Grécia um grande produtor de ouro. Acresce ainda os jazigos
em Skouries. Dada a sua dimensão, a Grécia seria o principal produtor de ouro
da Europa.
O IGME (Instituto de Geologia
& Exploração Mineira) e a Comissão Grega de Energia Nuclear participaram em
estudos para mapear as áreas com jazigos de urânio, nomeadamente no norte da
Grécia que se estendem até à Bulgária. Sete relatórios de investigação
independentes, elaborados por professores universitários, nunca foram
divulgados. Revelam que o Governo está informado sobre a localização de jazigos
importantes de urânio desde 1950. Um desses relatórios, assinado por onze
cientistas, revela que só na região da Macedónia existem dez mil toneladas de
urânio. Desconhecem as razões que levam a que os sucessivos governos Gregos
nunca tenham querido concretizar a sua exploração, quando a maioria dos países
que recorrem à energia nuclear não tem urânio no seu subsolo.
Ficámos a saber que os Gregos
estão cansados da corrupção registada nos últimos trinta anos em que foram governados
por apenas três famílias, com uma referência explícita à influência do governo
Americano na subida ao poder de George Papandreou (ou Jeffrey Mineiko que foi nascido
e educado na América).
Ficámos a saber o envolvimento
dos EHM (*)(caso de John Perkins) que
asseguram o financiamento do Banco Mundial, da USAID e de outras organizações
internacionais para investimentos em infraestruturas em países menos
desenvolvidos. A dívida contraída revela-se impagável, com o seu
reescalonamento associado a cláusulas que no limite estabelecem a necessidade de
venda dos recursos a empresas norte-americanas como forma de saldar o crédito.
Ficámos a saber, no entender
de um alto responsável pela política externa norte americana, que os gregos têm
um espírito anarquista e que são difíceis de controlar, o que por si só
justifica a necessidade de serem atacados nas suas raízes culturais – língua,
religião, valores históricos e culturais, com o objetivo de neutralizar a sua
habilidade para desenvolver, reconhecer a sua identidade e a crença de que
podem vencer. Ou seja, de os forçar a um compromisso. Marto Gallo – Portugal
Nota: este texto teve como
suporte documental dois vídeos falados em grego, com tradução parcial em inglês,
que podem ser acedidos: aqui e aqui.
(*) “Economic
Hit Man”
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