Um
estudo sobre o estado da democracia em Angola pós-independência e em particular
no pós-guerra é o que nos apresenta o antropólogo Rui Blanes na sua obra “A
Revolução Angolana no Século XXI”, que será lançada no dia 6 de dezembro,
às 18h30, no auditório da UCCLA.
A obra tem a chancela da Tinta-da-china e será apresentada por Sedrick de Carvalho.
O lançamento será transmitido, em direto, através da página do Facebook da UCCLA em:
https://www.facebook.com/UniaodasCidadesCapitaisLinguaPortuguesa
Sinopse:
A
Revolução Angolana no Século XXI é um estudo sobre o estado da democracia na
Angola pós independência e em particular pós-guerra, a partir da trajectória
que a ideia de «revolução» teve no país, da implantação de uma República
Popular em Novembro de 1975 à passagem para uma «democracia social» na década
de 1990, e posterior transição para o pós guerra. Questiona-se a “extensão” da
democracia através da (im)possibilidade de existência de dissidências políticas
cívicas.
O
eixo central desta análise é a emergência, em 2011, do movimento conhecido em
Angola como «Revú», que testou a reacção do regime do MPLA à mobilização da
sociedade civil, culminando no chamado «Processo 15+2», em que um grupo de
activistas foi detido e acusado de tentativa de golpe de Estado. Através da
história dos revús em Angola, o livro também procura entender e dar voz à
dissidência política dos últimos anos, num quadro de reflexão sobre práxis
política e democracia efectiva e/ou simulada nos dias de hoje.
Biografia do autor:
Ruy Llera Blanes é um antropólogo com vasta trajectória de investigação
em Angola, onde pesquisou e escreveu sobre movimentos religiosos, memória e
património, ambiente e crise climática, e mais recentemente sobre sociedade
civil, activismos políticos e direitos humanos no país. É autor do livro A
Prophetic Trajectory (2014), sobre a chamada Igreja Tokoista. Actualmente, é
investigador do CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia, no ISCTE
IUL, e do laboratório In2Past. Foi investigador e professor no Instituto de
Ciências Sociais (Portugal), na Universidade de Bergen (Noruega), no Instituto
de Ciências do Património do CSIC (Espanha) e na Escola de Estudos Globais da
Universidade de Gotemburgo (Suécia).
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