O All-American Rail Group (AARG) e o Ministério dos Transportes angolano assinaram, em Luanda, um memorando de entendimento para apoiar a integração do plano de expansão ferroviária do norte do País. Este projecto, avaliado em 4,5 mil milhões de dólares, visa ligar a ferrovia de Luanda à República Democrática do Congo
Segundo
um comunicado de impressa do Ministério dos Transportes, este corredor foi
pensado para reforçar a segurança alimentar de Angola e vai apoiar a expansão
agrícola no Uíge, Kwanza-Norte, Bengo, Malanje e Zaire "em estreita
sinergia com as plataformas logísticas do Soyo, Malanje, Luvo e Lombe".
A interligação
com a RDC vai possibilitar a exportação de petróleo, madeira e minerais para os
países do Atlântico, assegura o comunicado.
Mustafa
Ocalir, membro do Conselho de Administração da empresa norte-americana, afirmou
que o All-American Rail Group "está comprometido com Angola".
"Este
Memorando de Entendimento é o nosso primeiro passo para podermos apoiar o plano
de expansão da rede ferroviária angolana, tema crítico para a diversificação da
economia e para a criação de emprego. Convém perceber, contudo, que o Corredor
Norte não é apenas ferroviário.
Pretendemos
construir e integrar a ferrovia com plataformas logísticas e com um porto nesta
região agrícola, para fazer avançar o arrojado PlanAgrão e reforçar a segurança
alimentar do país."
O
mesmo responsável sublinhou ainda, citado no documento, que o grupo atribui
"grande importância à parceria agora iniciada" com o Ministério dos Transportes
e que "está pronto para colocar à disposição de Angola a sua capacidade de
construir, operar e financiar projectos ferroviários e logísticos".
Ricardo
Viegas D’Abreu salientou o potencial de desenvolvimento do Corredor Norte,
"que apesar de terminar em Malanje, pode estender-se para o Norte e Leste
do País - as regiões mais populosas do País e detentoras de características
naturais propícias à implementação de actividades de agronegócio, comércio,
indústria e turismo".
O
Ministro dos Transportes lembrou que "o plano director do sector preconiza
a extensão dos três corredores nacionais para as fronteiras com os países
vizinhos, com o objectivo prioritário de potenciar as ligações aos respectivos
portos do litoral, a facilitação do comércio transfronteiriço e a dinamização
da economia real em Angola".
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