Elisabela Larrea esteve na passada sexta-feira, dia 15, nas instalações do Instituto Internacional de Macau (IIM) para dar a conhecer a história da cultura macaense e do patuá, numa iniciativa acolhida pelos membros da comunidade chinesa presentes. Houve ainda lugar para a leitura de cantilenas, ‘lenga-lenga’ e canções antigas pelas macaenses Ângela Ramos e Mariana Pereira
Dirigida
principalmente ao público chinês, o Instituto Internacional de Macau (IIM)
realizou no dia 15 de Dezembro, nas suas instalações, uma sessão dedicada à
divulgação do patuá e à compreensão da cultura macaense. A iniciativa apoiada
pela Fundação Macau contou com a colaboração da Associação de Estudos da
Cultura Macaense (MACRA). A responsável pela apresentação, a macaense Elisabela
Larrea, focou-se na história da cultura macaense, abordando ainda a origem do
patuá.
Na
sessão, houve ainda lugar para a leitura de excertos em patuá, pelas macaenses
Ângela Ramos e Mariana Pereira, de uma edição publicada pelo IIM intitulada
“Cantar de Macau”, com cantilenas, ‘lenga-lenga’ e canções originais que, de
acordo com os organizadores, fazem parte do “legado macaense que hoje poucos se
lembram”. Grande parte destes textos foram retirados da obra “Ta-ssi-yang kuo”,
de João Feliciano Marques Pereira, escrita entre 1899 e 1900.
Os
jovens presentes da sessão ficaram curiosos depois de alguns terem tido a
primeira oportunidade no contacto com crioulo de origem portuguesa de Macau,
referiu a organização. Recordando que o patuá é promovido sob forma de teatro
através das iniciativas do grupo dos Dóci Papiaçám di Macau e também pela
Associação dos Jovens
Macaenses
(AJM) junto das escolas luso-chinesas, o IIM expressou em nota enviada à nossa
redacção a sua convicção de que a divulgação do patuá sob forma de diferentes
sessões destinadas às comunidades da cidade “pode intensificar e atrair o
interesse desta língua em risco de vias de extinção”.
Durante
a sessão, António Monteiro, secretário-geral do IIM, promoveu ainda a recente colaboração
com Elisabela Larrea, na sua obra que será publicada até ao fim deste ano:
“Unchinho di Língu Maquista” – Cartões de estudo do Patuá” é um álbum com uma
selecção dos cartões de estudo ou “flashcards” em patuá. Este trabalho tem sido
desenvolvido por Larrea nos últimos anos e com as palavras mais emblemáticas do
crioulo traduzidas em três línguas, juntamente com uma ligação de acesso às
redes sociais, que inclui material áudio para a pronúncia das palavras em
patuá. Rita Gonçalves – Macau in “Ponto Final”
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