A edição deste ano do campo de férias de Verão da Casa de
Portugal começa na próxima semana, mas, segundo a presidente da associação,
“foi muito difícil” de organizar devido ao actual contexto epidémico. A
iniciativa contará com mais de 300 participantes, com idades compreendidas
entre os 4 e 14 anos
Começa
já na próxima segunda-feira o campo de férias de Verão da Casa de Portugal em
Macau. À Tribuna de Macau, a presidente da associação disse que a edição deste
ano “foi muito mais difícil” de organizar.
Nos
anos anteriores, houve mais inscrições, mas as participações eram semanais.
“Tinha uma gestão diferente, porque agora ficam o mês completo. Além disso, com
a questão da pandemia foi muito mais difícil de arranjar espaços”, explicou
Amélia António.
O
campo de férias contará este ano com mais de 300 participantes, tendo as
inscrições fechado com uma lista de espera. “Quando anunciámos as inscrições
tivemos filas na rua, pelo passeio fora, parecia antigamente a renovação dos
passaportes”, disse divertida Amélia António.
“Temos
imensa pena em deixar meninos de fora mas não temos realmente capacidade para
mais. O Jardim de Infância Costa Nunes disponibilizou-nos quatro salas e na
Escola Primária Luso-Chinesa Sir Robert Ho Tung, a Direcção dos Serviços de
Educação e Juventude disponibilizou-nos um andar, com seis salas e uma zona de
arrumos para os materiais. Estamos no limite”, acrescentou.
O
programa destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 14
anos, sendo que as actividades irão depender dos destinatários e dos monitores.
“Uns irão fazer actividades viradas para as artes, outros mais para os jogos e
o desporto. Vamos ter propostas muito variadas, relacionadas com as línguas,
portuguesa e a chinesa, yoga para crianças ou actividades relacionadas com
música”, disse ao explicar que o propósito desta iniciativa não será “tirar um
curso”. “A ideia é que eles tenham um espaço para convívio e de distracção.
Claro que irão sempre aprender alguma coisa, mas sobretudo, depois deste tempo
todo, o que eles precisam é de se divertir”, sublinhou.
Entre
os inscritos, cerca de 70% não são de língua materna portuguesa, o que torna a
dinâmica mais “trabalhosa”.
Além
disso, para quem não tem idade para o campo de férias “mas também não tem muita
coisa para fazer aqui”, a associação dinamizou em paralelo cursos em várias
áreas. “Temos feito aulas de desenho, de computação, de iniciação ao
‘Photoshop’, formação em programação que, como teve muita procura, acabou por
ter duas turmas, uma em inglês e outra em português”, contou a líder da Casa de
Portugal.
Atendendo
às condicionantes actuais e novas necessidades, o pessoal da casa “teve que se
desdobrar muito”. “Não é só o monitor, é a limpeza, é a gestão. É tudo o que as
actividades implicarem. Por isso, este ano tivemos alguma ajuda voluntária,
ainda que pouca, e fizemos umas contratações pontuais de pessoas experientes
que habitualmente estão livres nesta altura”, revelou.
No
total, estão envolvidos no campo de Verão cerca de 30 pessoas “entre monitores,
auxiliares, pessoal da manutenção dos espaços ou de coordenação, e aqueles que
ficam de serviço para dar resposta a alguma falha”, apontou. Sofia Rebelo –
Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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