Mensagens,
nas mais diversas formas me chegam e de mais diverso conteúdo. Insultos, como
sempre, não faltam. Preocupam-me, especialmente, as que lamentam suposto
rompimento de minha iniciativa, com o Presidente João Lourenço.
Não
creio que seja por causa do artigo aposto aqui sobre o caso Augusto Tomás/CNC.
Isso seria um grande equívoco, na medida em que, numa situação em que
praticamente há unanimidade entre juristas e outros analistas e em que eu,
particularmente, não me pronunciei pela primeira vez no mesmo sentido, nunca se
deveria desencadear tal ideia, no domínio específico do poder judicial.
Não
estou aqui a iludir que a Presidência da República continua muito e mal
conotada, infelizmente, com esse poder, de forma quase semelhante ao “tempo da
outra senhora”. Será com certeza, por causa de algum conteúdo e especialmente
do título de uma entrevista recente que dei ao Novo Jornal. Sempre os
títulos. Não é a primeira vez que
títulos que jornalistas me “arranjam” – bom, não serei, com certeza, o único –
agitam tempestades em copos de água.
Por
isso aqui em casa sempre que se apercebem que um jornalista me quer sacar uma
entrevista me dizem: Assim mesmo, ‘“velho”, vais aceitar outra vez’- ‘ossos do
ofício’, lhes digo eu.
A
verdade é que mesmo quando me mantenho calado lá inventam qualquer coisa que eu
terei dito. Quanto ao rompimento com o actual Presidente não estou a prevê-lo,
por minha iniciativa, pelo menos. Porque considero que o momento não se presta
a tal tipo de radicalismos, reconhecendo que há, efectivamente, muita
mais-valia na era em que entramos com a sua posse. Não tivesse sido ele próprio
a verberar a alergia que muitos continuam a ter com qualquer ideia que seja um
tanto quanto diferente da “chefia”. O que de facto pode continuar a empobrecer
o panorama político, económico e social de um país que precisa de mudar os seus
sistemas de pensar e agir, no contexto do continente africano. Marcolino Moco
– Angola in “www.marcolinomoco.cafe”
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