Cidade
da Praia – Cinco filmes cabo-verdianos realizados por Chissana Magalhães, Mário
Vaz Almeida, Abel Monteiro, Guenny Pires e Grace Ribeiro foram seleccionados
para competir na 11ª edição do festival internacional de cinema “Kugoma” de
Moçambique.
Os
filmes documentários curtas-metragem “O Amigo da Tartaruga”, “Djassi” e “Na
Rota do Cinema Africano” “The Vulcano’s Last Wish” serão assim exibidos na 11ª
edição do festival, que este ano acontece de 24 a 30 de Agosto, em Maputo.
Em
declarações à Inforpress, a realizadora do filme “Djassi”, Chissana Magalhães,
mostrou-se “satisfeita” com a selecção do documentário curta-metragem para ao
festival de cinema de Moçambique.
“Eu
fico particularmente feliz por ser o festival Kugoma, que é o maior de
Moçambique, que entre os PALOP, é o país que mais contundentemente tem-se
dedicado ao cinema e com grande prestigio a nível de África”, declarou,
lembrando que Djassi é o seu primeiro trabalho audiovisual que nasceu no âmbito
de um concurso, “Prémio 100 anos Amílcar Cabral” tendo o mesmo conquistado o
segundo lugar.
O
filme, segundo esta responsável, que foi seleccionado na categoria de “Novos
autores do espaço PALOP – Timor Leste” é, igualmente, um motivo de orgulho,
justificando que com isso, haverá a inscrição de mais um nome feminino de Cabo
Verde no espaço da África lusófona.
A
selecção de vários filmes cabo-verdianos para participar no referido festival
serve, igualmente, de acordo com Chissana Magalhães, de motivação para a
comunidade audiovisual cabo-verdiana.
“Acredito
que é esse o caminho, cada vez mais esses exemplos a nos inspirar, a ousar
penetrar no espaço internacional e o facto de termos esse movimento em direcção
ao continente, penso que é importantíssimo mostrar que Cabo Verde valoriza sim
o nosso continente, que quer ter espaço no cinema do continente”, afirmou.
“O
Amigo da Tartaruga” foi seleccionado no ano passado para o festival CineEco
Seia, em Portugal, e para o catálogo da plataforma de streaming Tellas. o filme
retrata a história de um jovem que finta o desemprego, tornando-se
mergulhador-guia turístico, acabando por criar um laço afectivo com as
tartarugas.
Abel
Monteiro, o realizador, conta já com algumas obras no currículo, sendo que mais
recentemente foi o vencedor do prémio 100 Anos Amílcar Cabral, com a curta
Amílcar Cabral, O Presidente Astral.
“Djassi”
foi o segundo galardoado no prémio 100 Anos Amílcar Cabral e estreou em Março
na CENA – Mostra de Filmes Realizados por Mulheres.
É
o primeiro filme da jornalista e escritora Chissana Magalhães, que iniciou
carreira a escrever uma coluna sobre cinema e recentemente colaborou na
pré-produção do documentário internacional “Woman”.
“Na
Rota do Cinema Africano” surge na sequência da selecção do realizador Mário
Almeida e produtor Yuri Ceunink à 1.ª edição do Ouaga Film Lab promovida pelo
Instituto imagine em Ouagadougou.
O
documentário parte da afirmação de Gaston Kaboré (cineasta burkinabé) “África
não pode estar ausente da sua própria imagem” para abordar a opinião de alguns
cineastas sobre o “Cinema Africano”. Mário Almeida tem um currículo composto
por vários títulos, ficção e documentário, com um prémio do Plateau – Festival
Internacional de Cinema, o mais recente dos quais o documentário Inimigo
Público #1, sobre o massacre de Monte Txota, e que estreou há poucos meses na
Televisão Nacional.
O
Kugoma é o festival de cinema moçambicano mais antigo, integrando exibição de
filmes, oficinas, masterclasses, exibições em escolas e ajuda a promover novos
realizadores de Moçambique e de África.
Este
ano o Kugoma introduziu o PALOP-TL Upcoming Filmmaker Award em parceria com a
Rede Cinema PALOP – TL. In “Inforpress” – Cabo Verde
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