Díli - O Presidente da Associação de Defesa dos Consumidores de Timor-Leste (TANE),
António Ramos, pediu aos empresários chineses que fossem utilizadas as duas
línguas oficiais timorenses – tétum e português – nas embalagens dos produtos
importados com marca chinesa.
O
pedido prende-se com o facto de as embalagens chinesas importadas virem em
línguas chinesas, o que dificulta a compreensão por parte dos consumidores.
“É
claro que não compreendemos. A lei prevê que os consumidores tenham acesso a
toda a informação. Devemos, pois, continuar a divulgar informações sobre esta
questão. Têm de cumprir os requisitos, nomeadamente vir numa das línguas
oficiais”, disse em declarações aos jornalistas, na quarta-feira (15/07), na
Associação da Comunidade Chinesa em Timor-Leste, em Hudi-Laran.
O
presidente referiu ainda que a Tane Consumidor recebeu múltiplas queixas por
parte dos consumidores, principalmente no que diz respeito ao acesso à
informação contida nas embalagens de marcas chinesas.
“Está
inscrito na lei. É, pois, obrigatório. As informações contidas nas embalagens
devem vir em tétum e português. Estamos a desenvolver ações de divulgação sobre
esta matéria”, insistiu.
António
Ramos acrescentou, por outro lado, que chegaram à organização inúmeras
reclamações por parte de consumidores, criticando o facto de as promoções
expostas nas lojas de proprietários chineses não corresponderem à realidade. Em
face deste cenário, o Presidente referiu que pretende dar continuidade a ações
de divulgação junto da associação chinesa.
Questionado
sobre estes assuntos, a Presidente da Associação de Comerciantes da Comunidade
da China Timor Oan, Kathleen Gonçalves, destacou a importância de se esclarecer
a questão para que os consumidores possam ter acesso à informação contida em
qualquer produto com origem chinesa.
“Precisamos
de ver esclarecida esta questão, que compromete os direitos dos consumidores na
compra de um determinado produto”, afirmou. In “Timor
Post” – Timor-Leste
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