A OMS apoia as autoridades na melhora de sistema de saúde,
a agência ajuda com materiais para identificar casos em aeroportos. Mais de 50
peritos estão na África para lidar com prevenção, tratamento e infecção pelo
novo coronavírus
A
pandemia do novo coronavírus acontece quando países como Moçambique apresentam
um sistema de saúde sobrecarregado, segundo a Organização Mundial da Saúde,
OMS.
A
agência reconhece que a preparação para uma eventual chegada do covid-19 nessas
nações ocorre perante as limitações para lidar com doenças transmitidas pela
água, HIV, malária, tuberculose e outras infecções.
Controlo
Com
a nova ameaça de chegada de um vírus altamente contagioso, as autoridades
moçambicanas anunciaram esta semana que precisariam de mais de US$ 5 milhões
para melhorar a capacidade de controlo e prevenção do covid-19.
Falando
em Maputo, a representante da OMS em Moçambique explicou que a distância
geográfica com a China pode estar a atrasar a chegada do coronavírus. Djamila
Cabral alertou, no entanto, que mesmo longe de onde foram descobertos os
primeiros casos não há razões para baixar a guarda.
“Preparar-se
para estar pronto caso haja um caso. Para detectar o caso, proteger esse caso e
as outras pessoas e tratar esse caso se for necessário e reduzir a transmissão.
Portanto, tudo é feito para que se vier uma pessoa a Moçambique que estiver
infectada com o vírus que essas pessoas sejam detectadas, que essa pessoa possa
ser posta em isolamento ou quarentena, segundo o caso. Que todas as pessoas que
tiverem contacto com ela possam ser seguidas e que todas essas pessoas possam
ser mantidas em quarentena para evitar a doença.
A
questão de proximidade começa a ficar ultrapassada com o aparecimento de casos
na África do Sul, onde vive a maior diáspora moçambicana e se regista um grande
movimento de população. Os lusófonos Portugal e Brasil também somam novos
pacientes do covid-19, que já provocou mais de 5 mil mortes no mundo.
África
Para
a representante, além das condições das instalações de saúde em Moçambique
faltam ainda materiais para que todos os aeroportos façam uma vigilância
adequada do vírus. O país faz parte de um continente com várias conexões com
outras partes do mundo.
Djamila
Cabral disse que ainda são escassos os conhecimentos para entender por que
ainda não há casos em Moçambique. Mas reconhece que o volume de movimento
internacional obriga a prestar atenção especial à região africana.
Peritos
A
limitação de capacidade de sistemas de saúde levou a agência a enviar mais de
50 peritos que em África actuam em áreas como prevenção, tratamento, infecção
do coronavírus. A agência deve continuar a dar as orientações técnicas para
lidar com a pandemia.
Em
parceria com o Ministério da Saúde, a OMS apoia a gestão da epidemia que inclui
melhorar a triagem nas fronteiras do país, a compra de material de protecção, o
reforço de material de laboratórios e outras.
A
agência da ONU apoia ainda as pessoas que deverão actuar em cuidados em áreas
como isolamento dos casos suspeitos e possíveis pessoas notificadas. ONU
News – Nações Unidas
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