Dezenas de etíopes morreram asfixiados num veículo de
carga que seguia para a África do Sul, os sobreviventes foram hospitalizados e
recebem tratamento para desidratação, exaustão e trauma grave
A
Organização Internacional para as Migrações, OIM, coordena com as autoridades de
Moçambique como oferecer ajuda imediata aos sobreviventes encontrados num
veículo de carga onde morreram 64 etíopes asfixiados.
As
catorze pessoas recebem tratamento no maior hospital na província central de
Tete para desidratação e exaustão grave. De acordo com a agência, o grupo
também recebe alimentos e roupas.
Traumatizados
O contentor
era transportado num veículo pesado quando foi interpelado num posto de controlo
na passada terça-feira. Os sobreviventes estão “profundamente traumatizados”,
de acordo com os relatos.
O
Serviço Nacional de Migração de Moçambique, SENAMI, também informou os
funcionários da OIM que o motorista do veículo, de nacionalidade moçambicana,
está sob custódia.
Os
etíopes viajavam sem documentos para a África do Sul. A província moçambicana
de Tete está situada a 4 mil km a sul da capital etíope, Adis Abeba, e a 1400
km a norte da cidade sul-africana de Pretória.
Moçambique
faz parte da chamada Rota do Sul, uma via migratória usada com frequência por
migrantes do extremo leste da África para o território sul-africano na procura
de oportunidades económicas, protecção e educação.
Regresso
A
agência da ONU disse ter apoiado mais de 400 etíopes no regresso ao seu país de
forma voluntária desde 2018.
A
África do Sul abriga cerca de 4,2 milhões de migrantes e 290 mil candidatos a
asilo e refugiados. Os principais países de origem são Zimbabué, Somália, Malawi,
República Democrática do Congo e Etiópia. O Projeto de Migrantes Desaparecidos
da OIM registou pelo menos 70 migrantes mortos em estradas moçambicanas, por
motivos incluindo acidentes nos últimos cinco anos. A maioria era etíope com
destino à África do Sul. ONU News – Nações Unidas
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