O governo português envia um representante diplomático
que ficará cá a resolver os processos pendentes dos portugueses na segurança
social
Hoje,
dia 02 de março, deverá ser apresentado o novo adido social na embaixada e
consulado portugueses, no Luxemburgo. Este representante veio de Portugal com o
“objetivo principal de resolver os processos pendentes de pensões em atraso”,
de que tanto se queixam os imigrantes portugueses no Luxemburgo.
O
anúncio foi feito ao Contacto por Rogério Oliveira, conselheiro da Europa pelo
Luxemburgo, com base na informação transmitida pelo Ministro dos Negócios
Estrangeiros, Augusto Santos Silva durante o encontro de dois dias Conselho
Regional da Europa (CRE) das Comunidades Portuguesas.
“Espero
que a presença de um adido social permita que os processos avancem com maior
celeridade. Há casos de atrasos de reformas de dois e três anos, e os
portugueses continuam à espera, por parte da segurança social portuguesa”,
vinca Rogério de Oliveira.
Mais de 300 casos por resolver
Segundo
este conselheiro ainda existem “300 e tal casos por resolver, enquanto há ano e
meio havia dois mil e tal casos”. Para este português, “não deve atrasos na
entrega de documentos que permitam dar início ao recebimento das pensões de
reforma, invalidez ou outros subsídios” a portugueses no Luxemburgo. Até porque
a cada ano “há mais portugueses aqui a tratar das suas pensões”.
Sobretudo
porque estes imigrantes portugueses estarão à espera de documentos da Segurança
Social portuguesa necessários para obter essas pensões, bem como abonos de
família e subsídios de desemprego, e estes não chegam pelos "longos
atrasos da segurança social portuguesa".
Pensão de invalidez: "3 anos de atraso"
Esta
denúncia, lembra Rogério Oliveira já tinha sido feita pelos conselheiros dos
emigrantes do Luxemburgo e pela Associação Raras, onde chegam os processos
provenientes da Caixa Nacional Seguro de Pensão (CNAP, na sigla em francês) e
da Agência para o Desenvolvimento para o Emprego (ADEM). Esta entidades
luxemburguesas que enviam, em média, "20 processos por mês" para
aquela associação de apoio aos imigrantes portugueses no Grão-Ducado, anunciou
o Contacto em dezembro passado.
A
Associação Raras possui estatísticas dos casos que ali chegam desde o início da
década passada, e já denunciou ao Contacto que os processos relacionados com a
pensão por invalidez têm atrasos de três anos e alguns dias (1118 dias), em
média.
Os
processos de pensão antecipada demoram, 611 dias, em média, enquanto os casos
de pensão por velhice demora 523 dias, de acordo com o estudo feito pela
Associação Raras. Esta associação coloca
as culpas pela demora à "Segurança Social portuguesa, mais precisamente o
setor da Caixa Nacional de Pensões, porque tem um programa informático muito
desatualizado".
Agora,
Rogério de Oliveira diz-se “muito satisfeito” com esta decisão do Ministério
dos Negócios Estrangeiros e da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas
de colocar um adido social no país com esta prioridade esperando que possa
interceder junto da Segurança Social para diminuir estas esperas. Augusto Santos Silva e Berta Nunes estiveram
na reunião com o CRE e escutaram as propostas dos conselheiros sobre o ensino
do português, representação e eleição do CRE entre outros assuntos. Paula
Ferreira – Luxemburgo in “Contacto”
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