Os
planos de saúde terão de cobrir os exames para avaliar a infecção do novo
coronavírus (Covid-19). A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluirá
o procedimento no rol dos obrigatórios para custeio pelas operadoras.
A
informação foi adiantada em entrevista coletiva do Ministério da Saúde. No
início da noite, a ANS divulgou nota confirmando a decisão em caráter
extraordinário.
A
diretoria do órgão optou pela medida em reunião realizada hoje, com
representantes de planos de saúde e de entidades representativas do setor de
saúde suplementar. A agência informou que ainda está disciplinando quais serão
os tipos de teste, os protocolos e o prazo para as operadoras se adequarem à
determinação.
Ainda
de acordo com a ANS, o tratamento para a doença já é garantido aos pacientes
com casos confirmados de infecção. Mas a cobertura depende da segmentação dos
planos do paciente.
Kits para diagnóstico do coronavírus
No
início de março, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou a distribuir kits
para o diagnóstico do Covid-19 para laboratórios do Rio de Janeiro. A princípio
o exame só era realizado em três estados – São Paulo, Pará e Goiás. Os
laboratórios das regiões Norte (Amazonas, Pará e Roraima), Nordeste (Bahia,
Ceará, Pernambuco e Sergipe), Sudeste (Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas
Gerais), Centro-Oeste (Distrito Federal e Mato Grosso do Sul) e Sul (Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul) receberão os kits e serão capacitados até o
fim do mês.
Os
kits foram desenvolvidos no Brasil pelo Instituto de Tecnologia em
Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e pelo Instituto de Biologia Molecular
do Paraná (IBMP). Já a capacitação será conduzida pelo Laboratório de Vírus
Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A
Fiocruz tem capacidade de produzir de 25 mil a 30 mil testes por semana, e o
ritmo deve atender à demanda estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Além
de testes para coronavírus, a Fiocruz vai entregar aos laboratórios kits para
identificar os vírus Influenza A e B, o que contribui para o diagnóstico
diferencial, quando a confirmação de um vírus descarta a suspeita de outro. Jonas
Valente com Vinícius Lisboa – Brasil in “Agência
Brasil”
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