Luanda
- A ministra de Estado para a Área Social de Angola defendeu a necessidade
de uma séria aposta da cooperação na Comunidade de Países de Língua Portuguesa
(CPLP) para baixar a taxa de desemprego juvenil na comunidade.
A
posição foi expressa por Carolina Cerqueira quando discursava na abertura
da XII Conferência de Ministros da Juventude e Desportos da CPLP, que se
realiza hoje em Luanda, capital de Angola.
Carolina
Cerqueira referiu que a questão do desemprego atinge
"lamentavelmente" números acima do admissível no seio da comunidade,
sendo os jovens os mais atingidos e os mais marginalizados.
Segundo
a ministra de Estado para a Área Social de Angola, o desemprego juvenil atinge
em cada um dos quatro jovens com idades entre os 15 e 24 anos, pelo menos um.
"Estes
dados apontam para a necessidade de criação de emprego dos nossos países e para
isso é preciso investir mais no setor produtivo e na geração de riqueza e a
banca deve cumprir o seu papel de financiamento da atividade empresarial
dirigida à juventude", salientou a governante angolana.
Para
a ministra angolana, a cooperação entre os Estados-membros da comunidade poderá
ajudar a fomentar a atividade agrícola e industrial, garantindo ao mesmo tempo
o fomento da atividade empresarial privada como maior geradora de emprego
estável.
O
alto índice de desemprego tem sido para muitos jovens, prosseguiu Carolina
Cerqueira, a causa por que se refugiam "em atividades marginais e até
muitas vezes na criminalidade", sendo também uma nova opção a imigração.
"Tendo
em conta esta realidade que nos atinge, gostaria de reforçar aqui a necessidade
de uma mais séria aposta na cooperação no seio da CPLP, com investimentos nos
países com maior taxa de desemprego juvenil, nomeadamente Angola, Moçambique,
Cabo Verde, Brasil e São Tomé e Príncipe", sublinhou.
Por
sua vez, o representante do Secretário Executivo da CPLP ao encontro, Manuel
Lapão, considerou necessária a urgente promoção da educação e da formação
voltadas para o mundo em profunda transformação.
"Precisamos
de preparar os jovens para um mercado de trabalho que já é e será ainda mais
profundamente distinto daquilo que conhecemos", disse Manuel Lapão.
Na
sua intervenção, Manuel Lapão deixou também algumas sugestões, que considerou
igualmente desafios, nomeadamente uma cada vez mais intensa ligação da CPLP,
fundamentalmente por via da sua secretaria geral da conferência de ministros e
também do secretariado executivo com outros espaços multilaterais e de
integração regional.
"Os
avanços que se verificam no diálogo entre a CPLP e o organismo Ibero americano
para a juventude, bem como a organização internacional da francofonia e a
Commanuelth são prova dessa capacidade e deve apoiar-nos numa reflexão sobre o
potencial inerente à estas parcerias", disse Manuel lapão.
Por
outro lado, apontou também a possibilidade de potenciar esse diálogo com os 19
observadores associados da CPLP e com os seus observadores consultivos, que já
somam hoje mais de 80 organizações, o que irá permitir alargar parcerias com
redes influentes de diferentes áreas. In “Sapo Timor-Leste” com “Lusa”
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