Lisboa
- O Grupo Águas de Portugal (AdP) conseguiu dois contratos avaliados em 14
milhões de euros para apoiar a gestão de empresas provinciais de abastecimento
de água em duas províncias angolanas até 2022.
Os
contratos, financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), envolvem
"atividades específicas para o desenvolvimento e capacitação institucional
das empresas" das províncias de Bengo e Cunene, segundo um comunicado da
AdP a que a Lusa teve hoje acesso.
Segundo
o mesmo documento, os contratos adjudicados através de um concurso público
internacional lançado pelo BAD pressupõem a presença permanente de uma equipa
de peritos que apoiarão as Empresa Provincial de Águas e Saneamento (EPAS) de
Angola.
"Vamos
arrancar agora com os contratos, no final deste mês", afirmou à Lusa o
diretor da AdP Internacional, Cláudio Jesus.
"São
contratos com uma equipa bastante vasta. A tempo inteiro têm seis peritos, mais
seis temporários", explicou o responsável, numa chamada telefónica.
Cláudio
Jesus detalhou que além de um chefe de equipa, que coordenará a equipa a tempo
inteiro, esta será composta por mais cinco pessoas de diversas áreas,
nomeadamente "na área comercial, na área de produção de água e de gestão
da rede de distribuição, na área da manutenção - é uma área forte, que temos
dois peritos - e na área da engenharia", uma estratégia para cobrir
"todas as áreas que pretende uma empresa desta natureza".
O
responsável da AdP Internacional considera que os dois contratos são "o
corolário de um longo trabalho que temos desenvolvido com os decisores do setor
de água em Angola" e que este é "um trabalho que se pretende que seja
de parceria".
O
Grupo Águas de Portugal tem desenvolvido projetos em Angola, Azerbaijão, Cabo
Verde, Costa do Marfim, Marrocos, Moçambique, República Democrática do Congo,
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, quer num formato de assistência técnica,
quer através da gestão de concessões de serviços de águas e resíduos.
Esta
internacionalização, com elevada presença nos países de língua oficial
portuguesa, levo responsável a afirmar que "é quase uma empresa que
trabalha de e para a lusofonia".
Cláudio
Jesus anunciou também que viajará para a Guiné-Bissau devido a um contrato de assistência
técnica à Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), contrato
financiado pelo Banco Mundial e que foi atribuído a um consórcio que conta,
entre outros, com a EDP Internacional. In “Sapo Timor-Leste” com “Lusa”
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