Rio
de Janeiro - O Brasil é o segundo país do mundo, depois da Turquia, a
implementar todas as medidas de luta contra o tabaco, segundo um relatório
divulgado e que assinala também progressos em Angola, Moçambique e Timor-Leste.
De
acordo com o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), apresentado no
Rio de Janeiro, o Brasil tornou-se no "segundo [país] a implementar
integralmente todas as medidas" da Convenção-Quadro para o Controle do
Tabaco "no seu mais alto nível de consecução".
O
Brasil, com uma percentagem de população fumadora de 11%, apresenta as melhores
práticas na luta contra o tabaco com proibição de fumar em lugares públicos,
proibição de publicidade a cigarros nos órgãos de comunicação social, programas
de cessão tabágica generalizados, alertas de saúde nos maços e campanhas
nacionais de prevenção do consumo.
Entre
os países lusófonos, o relatório aponta também progressos em Angola, Moçambique
e Timor-Leste, nomeadamente na melhoria dos programas de cessão do consumo ou
através da introdução de medidas de proibição e alertas de saúde.
Segundo
o documento, Timor-Leste está entre os 14 países que adotaram, nos últimos
anos, a política de embalagens com imagens chocantes de advertência sanitária.
Regista
ainda progressos na implementação de programas de cessão tabágica, bem como a
existência de campanhas antitabágicas nos meios de comunicação social.
A
prevalência de fumadores entre a população adulta timorense é de 28%.
Angola
melhorou os seus programas de cessão tabágica e o relatório dá conta que os
cigarros estão hoje mais caros do que há 10 anos no país, o que poderá
funcionar como medida dissuasora do seu consumo.
O
país, que não forneceu à OMS estatísticas sobre a prevalência de fumadores
entre a população adulta, mantém algumas medidas de proibição de fumar em
espaços públicos, mas permite a publicidade livre a marcas de cigarros,
critérios que não registaram alterações desde 2017.
Também
Moçambique, onde 11% da população é fumadora, fez progressos em matéria de
programas de cessão tabágica.
As
medidas de proibição de fumo em espaços públicos e de alerta de saúde em
Moçambique continuam escassas ou praticamente inexistentes, mas a publicidade
ao tabaco nos meios de comunicação públicos é proibida.
Entre
os restantes países lusófonos, Cabo Verde não registou progressos
significativos na implementação das medidas relativamente à avaliação anterior.
A
Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe pioraram no capítulo dos programas para
ajudar as pessoas a deixar de fumar.
Nos
dois países a proibição de fumar em espaços públicos e de fazer publicidade a
marcas de tabaco continua praticamente inexistente, tal como na Guiné
Equatorial.
Em
São Tomé e Príncipe, 4% da população adulta é fumadora, enquanto a Guiné Bissau
e a Guiné Equatorial não forneceram dados sobre a população fumadora à OMS.
Em
Portugal, onde 22% fuma, a melhor avaliação incidiu sobre a aplicação das
medidas de alerta nos maços de tabaco e em campanhas antitabágicas.
Globalmente
são registados progressos a nível mundial, mas o documento sublinha a
necessidade de intensificar as ações destinadas a ajudar as pessoas a
abandonarem o consumo.
Atualmente,
2,4 mil milhões de pessoas vivem em países que oferecem serviços completos de
cessação do tabagismo (mais 2 mil milhões do que em 2007), mas apenas 23 países
oferecem esses serviços ao nível das melhores práticas. In “Sapo
Timor-Leste” com “Lusa”
Sem comentários:
Enviar um comentário