A
Escola Portuguesa de Santos está completando 98 anos de fundação neste ano, e
já pensando no seu centenário, em 2021, para que a data possa ser celebrada com
muita festa.
A
direção da escola programa para o Centenário uma Missa na Catedral de Santos,
uma sessão solene na Câmara Municipal, um jantar dançante em uma das
instituições luso-brasileira da cidade e o lançamento de um livro que
registrará toda a história da Escola Portuguesa até os 100 anos.
“Para
isso, pretendemos contar depoimentos e fotos da época de ex-alunos, e
aproveitamos para, através do Jornal Mundo Lusíada, convocar aqueles que tenham
alguma contribuição nesse sentido que contatem diretamente a Escola” declara o
presidente José Augusto do Rosário.
A
Escola Portuguesa conta atualmente com 110 alunos, em período parcial (80) e
integral (30). Além de educação pré-escolar gratuita, os alunos recebem
uniformes de verão e inverno, material escolar e aulas de informática
educativa.
“Contamos
hoje com professores experientes e qualificados, passando às crianças não só o
conhecimento, mas também, compartilhando o seu carinho constante” descreve
Rosário.
A
Escola serve às 110 crianças sete refeições diárias, contando com auxílio de
uma nutricionista e cozinheiras especializadas.
A
instituição é suportada por mantenedores da comunidade Luso-brasileira em
parceria com a Prefeitura Municipal de Santos e supervisionada pela Secretaria
Municipal de Educação (SEDUC).
História
A
Escola Portuguesa foi fundada em 24 de julho de 1921, produto do entusiasmo de
um grupo de portugueses, entre os quais sobressaía o seu idealizador, Prof.
Antônio Maria Guerreiro, com a “finalidade difundir a instrução desde a tenra
idade”. Neste período abrigava alunos, na sua maioria, filhos de cidadãos
portugueses da cidade.
Foi
figuras de destaque na direção da escola nesta época o Sr. Cordovil Fernandes
Lopes, pai de Silvio Fernandes Lopes, ex-Prefeito de Santos, que governou a
cidade entre os anos de 1957 e 1961.
Muitos
foram os que se habilitaram os bancos da antiga Escola Portuguesa, dentre eles,
o Sr. Vitor de Sousa, da Agência de Turismo Vasco da Gama, até hoje colaborador
da Escola.
Em
1971 a Escola teve que interromper suas atividades.
Em
1986, representantes da comunidade luso-brasileira decidiram reabrir o
estabelecimento, assumindo sua direção, nomeadamente, Manuel Tavares da Silva,
José Augusto Martins Ogando dos Santos, Alfredo Martins, Armênio Mendes, João
Simões, Antonio Lopes, Ernesto Vieira e mais tarde o Sr. Fernando Martins e Sr.
Toninho Reis, quem trouxe o atual presidente para a Escola Portuguesa.
Desta
fase em diante, a Escola Portuguesa passou a atender, exclusivamente, crianças
de famílias de baixa renda, com idades entre três e seis anos, residentes nas
áreas do Paquetá, Vila Nova, Mercado, Centro e Monte Serrat, com o apoio de
padrinhos e contribuição da Prefeitura Municipal de Santos.
“Nestes
anos todos, a Escola vem cumprindo fielmente o seu papel de dar os primeiros
passos a estas crianças, que gozam de um ambiente amoroso e saudável,
proporcionado pelos professores, funcionários e voluntários que participam da
administração” diz José Augusto.
“Elas
não só dão seus primeiros passos na vida sociável, como também recebem uma dose
excepcional de amor e carinho” defende.
Segundo
ele, o trabalho forja cidadãos mais humanos e mais fraternos, não só pelo bem
delas como de todos. “No momento em que vemos o mundo tomando um rumo incerto,
onde a paz está em risco, açoitada por ondas terroristas, guerras, intolerância
de todas as ordens e violência desmedida, não podemos ficar de mãos atadas sem
nada fazer, temos que nos indignar, pois não é esse o mundo que queremos para
nossas crianças. Não é esse o legado que queremos deixar para as gerações
futuras”.
Defendendo
que a sociedade deve fazer sua parte, o presidente ainda “apela” para que todos
ajudem entidades assistenciais, que também se dedicam às causas sociais. “O
nosso grupo, composto por vários voluntários, têm se doado ao máximo, por
acreditarmos que esse é o caminho para termos crianças felizes, e no futuro,
adultos mais responsáveis e do bem” disse Rosário, finalizando que o grupo da
Escola faz sua parte “por uma cidade melhor, um país melhor e um mundo melhor”.
In “Mundo
Lusíada” - Brasil
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