Lisboa
– O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, garantiu este
sábado, que “o projecto político” de mobilidade vai à próxima reunião dos
ministros de Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP), agendada para 19 de Julho.
“Nós
vamos apresentar o projeto político [da mobilidade] e esperamos que ele seja
aprovado no dia 19”, afirmou em declarações aos jornalistas, em Lisboa, o
ministro de Cabo Verde, país que tem neste momento a Presidência rotativa da
CPLP.
Questionado,
à margem da cerimónia de inauguração do Centro Cultural de Cabo Verde em
Lisboa, que decorreu este sábado à noite, sobre eventuais obstáculos levantados
por alguns dos estados-membros da CPLP relativamente à proposta de livre
circulação de pessoas no espaço daquela organização, apresentada pela
presidência cabo-verdiana, Luís Filipe Tavares apenas respondeu: “estamos a
trabalhar com muita fé. (…) E com a mesma esperança”.
“Nós
fizemos um projecto que é muito flexível, que permite aos estados analisarem
cuidadosamente aquilo que querem, e a flexibilidade é tanta que os estados
podem depois vir bilateralmente a organizar-se entre si e fazer um acordo, mas
também podem fazê-lo a nove, dois, três, quatro, seis”.
A
reunião do Comité de Concertação Permanente da CPLP, que se realiza na próxima
segunda-feira, “faz a proposta da agenda, e já dissemos que queremos esta
proposta da mobilidade na agenda do Conselho de Ministros”, reiterou.
“Vai
o projecto político para ser aprovado. Se conseguirmos fazer aprovar o texto do
acordo no dia 19, óptimo. Se não conseguirmos, vamos aprovar o projeto
político, e depois vamos criar um comité de redação para dentro de algumas
semanas redigir uma proposta consensual, que depois será aprovada. Mas eu
acredito que há condições para dia 19 de Julho resolvermos este assunto”, disse
o ministro.
Luís
Filipe Tavares colocou, contudo, como horizonte final para aprovação de um
acordo o período da presidência cabo-verdiana. “Durante a presidência de Cabo
Verde da CPLP é possível chegar a um acordo histórico sobre a mobilidade no
seio dos nove estados-membros”.
Em
relação ao relatório da comissão de avaliação da CPLP que visitou a Guiné
Equatorial em junho, o ministro não quis comentar, referindo apenas que o que
Cabo Verde queria era que “a abolição da pena de morte acontecesse até ao final
do ano”, um compromisso assumido pela Guiné Equatorial aquando da visita do
Presidente Teodoro Obiang a Cabo Verde.
“Estamos
otimistas e acreditamos que a Guiné Equatorial vai cumprir o prometido”,
afirmou Luís Filipe Tavares.
Ainda
neste quadro da presidência cabo-verdiana da CPLP “vamos promover aqui [no
centro cultural de Cabo Verde inaugurado no sábado], a cultura dos países de
língua portuguesa, em primeiro lugar, mas também a cultura africana, de uma
forma geral. Queremos fazer com que este seja um espaço dedicado à cultura
africana e vamos convidar artistas dos países africanos para virem cá fazer as
suas exposições e participarem em tertúlias e eventos culturais, que vamos
organizar”, referiu ainda o ministro. In “Inforpress” – Cabo Verde com “Lusa”
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