As
duas infra-estruturas ontem inauguradas são cruciais para o projecto de
electrificação rural da província do Niassa, em curso desde Junho de 2017.
A
linha Cuamba/Marrupa tem 240 quilómetros de extensão e a subestação uma
capacidade de 16 Mega Volts Ampere (MVA), sendo que os distritos de Marrupa,
Maúa e Mecula, actualmente ligados, consomem apenas cerca de 1,5 MVA.
O
Chefe de Estado explicou que o que se pretende é levar energia eléctrica a mais
146 postos administrativos pois, dos 446 que o país tem, 300 já estão
conectados à rede da Electricidade de Moçambique (EDM). Lembrou que os
distritos já estão todos electrificados.
Recomendou
que a energia disponível seja usada para a geração de renda, e não apenas para
a iluminação nas residências.
“A
energia é para o trabalho”, disse Nyusi, explicando que o recurso deverá ser
usado, por exemplo, na irrigação de campos agrícolas, desenvolvimento do
turismo, no qual Mecula tem um grande potencial. Apontou ainda o desenvolvimento
de pequenas indústrias, incluindo moageiras e conservação do pescado,como
outras utilidades que poderão ser dadas à energia eléctrica.
Ao
abrigo do projecto de electrificação do Niassa, orçado em 54.5 milhões de
dólares, foram já construídos 407 quilómetros de rede de média tensão e 650
quilómetros de distribuição em baixa tensão, além de 179 postos de
transformação (PT) e colocados 4500 candeeiros de iluminação pública das vilas.
Segundo
Nyusi, com este avanço será possível viabilizar as aulas no curso nocturno e a
extensão do abastecimento de água, que, embora tenha melhorado
significativamente nos últimos tempos, ainda constitui um grande desafio.
Para
o Chefe do Estado, com a melhoria da agricultura, pescas, turismo e outras
áreas socioeconómicas graças à energia, a província terá mais possibilidades de
oferecer emprego, resolvendo desta forma outra inquietação do Niassa e do país
no geral.
O
Presidente da República chamou atenção às comunidades para a necessidade de
protegerem as infra-estruturas de energia e reportar actos ilícitos que possam
resultar na sua destruição. Apelou à população para que obtenha energia por
vias legais e que pague pelo consumo, evitando recorrer a ligações clandestinas
e esquemas para evitar facturação. In “Jornal de Notícias” - Moçambique
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