Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Macau – Cruz Vermelha, com todas as precauções, continua a prestar os serviços habituais

A Cruz Vermelha de Macau continua a prestar os serviços habituais à população do território estando a tomar “todas as precauções” para evitar pôr em perigo os seus funcionários. O secretário do Conselho Geral, João Manuel Ambrósio, assegura que a instituição está a ser cautelosa com a utilização de materiais, como máscaras, porque não se sabe “quando é que a epidemia vai acabar”



Desde o início da propagação do COVID-19, a Cruz Vermelha de Macau tem mantido a sua actividade regular, no entanto, tendo em conta que não se sabe quando a epidemia poderá chegar ao fim, tem tomado algumas precauções, explicou o secretário do Conselho Geral da instituição ao Jornal Tribuna de Macau.

“Levamos pessoas ao hospital e a outros consultórios para hemodiálise e outros tratamentos. Continuamos a prestar o nosso serviço à população de Macau. Temos já mais ou menos um número fixo de pacientes que precisam de ir constantemente ao hospital receber tratamento. Esse número não tem aumentado ou reduzido significativamente, não obstante a epidemia que estamos a enfrentar”, começou por referir João Manuel Ambrósio.

No entanto, “estamos a tomar todas as precauções”. “Todo o nosso pessoal está a fazer limpeza e há todo o equipamento necessário para evitar contágio pela doença durante o transporte de pacientes ou mesmo na área do hospital”. Este serviço de acompanhamento de pessoas ao hospital e de volta a casa é um dos principais disponibilizados pela Cruz Vermelha, até tendo em conta que vários outros da mesma índole estão a cargo do Corpo de Bombeiros.

A Cruz Vermelha transporta, diariamente, cerca de 60 pessoas até ao Centro Hospitalar Conde de São Januário. O serviço esteve suspenso “por alguns dias” devido à interrupção temporária de consultas externas no hospital público, porém, já foi reactivado.

“Estamos também muito cuidadosos com o uso dos materiais porque não sabemos quando é que a epidemia vai acabar e o material que temos em ‘stock’ é suficiente para um futuro muito próximo. Estamos a falar de uma reserva para cerca de um mês, mas estamos muito cautelosos com a questão dos materiais e equipamentos”, frisou o secretário do Conselho Geral acrescentando que, de qualquer forma, estão em contacto permanente com o Executivo.

“O Governo também percebe a nossa situação e ao delinear uma política global sobre os materiais tem em consideração as necessidades e uso dos materiais por parte da Cruz Vermelha de Macau”, garante João Manuel Ambrósio.

De qualquer modo, a organização está à procura, “em todo o mundo” mas especialmente junto dos chineses ultramarinos, de fornecedores que possam enviar este tipo de materiais para a RAEM. “Estamos a encontrar uma fonte para o material de que precisamos, tendo em conta que a própria China, que produz a maior parte do equipamento, também tem enfrentado dificuldades em fornecer a si própria e a fazer a exportação para Macau”, sublinhou.

Ressalvando que, ainda assim, “a situação não está tão difícil”, a Cruz Vermelha continua a “envidar os melhores esforços para que o stock se mantenha num nível que possa satisfazer o futuro próximo”.

Por outro lado, João Manuel Ambrósio referiu que a Cruz Vermelha tem funcionários a fazer a medição da temperatura nas fronteiras. “Todos os postos fronteiriços têm pessoal da Cruz Vermelha para fazer a medição da temperatura. No Aeroporto também temos um serviço de urgência, um posto de socorro, mas também a procura não é muita porque muitos voos foram cancelados e há menos gente a viajar”.

Além disso, assegurou, a Cruz Vermelha não tem tido dificuldade ao nível das ambulâncias. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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