Uma
das mais prósperas cidades chinesas, Shenzhen, emitiu hoje a proibição mais
abrangente até à data de criação e consumo de animais selvagens, num esforço
para evitar um surto futuro do coronavírus.
A
covid-19 foi detectada pela primeira vez na cidade de Wuhan, centro da China,
em dezembro passado, entre pacientes relacionados com um mercado da cidade que
vendia animais selvagens, incluindo pangolim e civeta, além de carnes mais
convencionais, como frango e peixe. O consumo de animais selvagens é sobretudo
popular no sul da China, onde Shenzhen está situado.
Situada
na fronteira com Hong Kong, Shenzhen tornou-se num centro global para fabrico
de componentes eletrónicos e sede das principais firmas tecnológicas do país.
Em 2002, o surto da pneumonia atípica, ou SARS (Síndrome Respiratória Aguda
Grave), foi inicialmente disseminado por pessoas que consumiam ou criavam e
vendiam animais selvagens em áreas próximas de Shenzhen.
Os
regulamentos estipulados pelas autoridades da cidade proíbem permanentemente o
comércio e o consumo de animais selvagens, o que vai além da proibição
temporária emitida pelo Governo central, em fevereiro passado, após o início do
surto.
Para
além de cobras, lagartos e outros animais selvagens, a diretriz, que cita
razões humanitárias, proíbe ainda o consumo de carne de cão e gato, que são há
muito tempo especialidades locais.
A
proibição prevê multas a partir dos 150 mil yuans, valor que aumentou
consideravelmente, dependendo da quantidade de animais apreendidos.
A
medida não restringe a criação de animais selvagens para fins medicinais, que
tem sido criticada como cruel e perigosa para a saúde pública, embora o consumo
desses animais para alimentação passe a ser proibido. In “Hoje
Macau” - Macau
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