Angola, nas últimas 24 horas, registou mais quatro casos
positivos da pandemia da Covid-19, todos de nacionalidade angolana, informou o
secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, que disse tratar-se
de um homem, duas mulheres e uma criança de um ano que chegaram de Portugal no
dia 20
O
secretário de Estado avançou também que já tiveram alta todas as pessoas que
estavam internadas em quarentena institucional nos centros Calumbo I e Calumbo
II e que se encontram em quarentena institucional 852 pessoas.
Franco
Mufinda disse ainda que os hospitais estão a ser preparados para o pior cenário:
atingir o pico de 10 mil casos positivos até Junho.
O
Centro de quarentena Victoria Garden, de onde são originários os novos quatro
casos, e do Infotur, ambos em Luanda, continuam sob acompanhamento dos serviços
sanitários. Durante as 24 horas, o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP)
registou sete denúncias de violação de quarentena domiciliar, sete alertas,
seis dos quais descartados e um validado.
Franco
Mufinda assegura que o pior cenário pode ser evitado caso todos os cidadãos
observem as medidas de biossegurança recomendadas pelas autoridades.
Para
assistência imediata dos casos positivos, 99 equipas multidisciplinares, de
resposta rápida, operam em todo o País, avançou Franco Mufinda.
Na
sexta-feira, a ministra da Saúde alertou para um agravamento do número de
infecções pelo novo coronavírus em Maio. No balanço semanal da primeira semana
de estado de emergência, Sílvia Lutucuta deixou ainda outro aviso: O
coronavírus não escolhe latitudes, sejam elas quentes ou frias, nem distingue
raças, voltando a apelar para que sejam cumpridas as normas do estado de
emergência.
O
novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infectou mais de 1,2
milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 68 mil morreram, dados
fornecidos pela Agência France Press às 23 horas de domingo, 05 de Abril. Dos
casos de infecção, mais de 211 mil são considerados curados.
O
vírus, o que é e o que fazer, sintomas Estes vírus pertencem a uma família
viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta
tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de
elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS),
transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.
Inicialmente,
esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários
surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a
transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais
perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou
tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.
Os
sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em
respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de
uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia
e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema
imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.
O
período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário
do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a
incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo
controlo.
A
melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar
áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem
ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com
desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou
tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou um guia essencial sobre o
coronavírus/Covid-19 que pode ver aqui. In “Novo
Jornal” - Angola
Sem comentários:
Enviar um comentário