Quase
três meses depois do encerramento dos estabelecimentos de ensino no território,
devido ao surto epidémico, os alunos finalistas da Universidade de Macau estão
a regressar gradualmente às aulas. À volta de 600 dos cerca de 1500 alunos em
final de curso optaram ontem por regressar ao campus para se prepararem para os
exames finais, agendados para o final de Maio e princípio de Junho. Apenas 10%
dos alunos finalistas do interior da China regressaram a Macau.
A
Universidade de Macau (UMAC) retomou ontem parcialmente as aulas, apenas para
os alunos finalistas do presente ano lectivo, tendo em conta o “actual
desenvolvimento da epidemia”, sendo que os exames finais foram adiados para o
período de 20 de Maio a 1 de Junho, pode ler-se em comunicado. “Os alunos que
se formarem este ano serão os primeiros a retornar à sala de aula”, refere a
UMAC, acrescentando que “as defesas orais de doutoramento e mestrado serão
retomadas em 4 de Maio”, e que os restantes alunos vão continuar a ter aulas
on-line “até o final do semestre”.
Um
porta-voz da UMAC garantiu ao Ponto final que “cerca de 600 alunos optaram por
regressar ao campus para as aulas” no primeiro dia, sendo que é esperado “que
cerca de 200 estudantes regressem ao campus todos os dias, representando menos
de 20% do número total de estudantes que se formam este ano”.
Para
os estudantes que regressaram ao campus, a UMAC tem várias actividades
agendadas, nomeadamente “experiências, discussões de grupo e aulas de revisão
de matéria desde semestre”. “Os alunos que não regressaram ao campus vão
continuar a ter aulas on-line. Os exames finais serão adiados para o período de
20 de Maio a 1 de Junho”, indica a nota da UMAC.
Em
declarações ao Ponto Final, Rui Martins, vice-reitor da UMAC, assinalou que
muitos dos alunos do interior da China ainda não regressaram a Macau. “Tendo em
conta esta situação, começamos com os alunos finalistas das licenciaturas hoje
[ontem]. Os alunos que quisessem regressar a Macau, os da China, nomeadamente,
teriam de ter regressado duas semanas antes, para fazerem quarentena nos
colégios residenciais. Eles regressaram há cerca de duas semanas. Se quisessem
ir às aulas agora já não podiam vir hoje, teriam de vir antes. Os números que
eu tenho é que até hoje [ontem], desses alunos que vieram da China devem ter
regressado cerca de 10%. São mais ou menos 300 alunos da China como finalistas,
30 devem ter regressado. Mas as aulas continuam, nem que seja online”,
disse Rui Martins.
As
defesas orais para estudantes de doutoramento e mestrado serão retomadas em 4
de Maio enquanto que os estudantes de doutoramento, mestrado e programas de
certificado/diploma de pós-graduação em fase de curso “vão continuar a ter
aulas online até o final do semestre”.
Para
facilitar o recomeço das aulas, a UMAC aprimorou as medidas de prevenção e
controlo da epidemia de acordo com as directrizes divulgadas pelos Serviços de
Saúde, nomeadamente o aumento da frequência de limpeza e o número de
equipamentos de desinfecção no campus. “A Universidade instruiu os professores
a ministrar aulas em turmas pequenas, com não mais de dez alunos por cada turma
e pelo menos um metro de distância entre os alunos, conforme especificado nas
directrizes do Governo”, indica a reitoria da UMAC, em comunicado.
Neste
reinício das aulas, os alunos são obrigados a usar máscara na sala, sendo que
“devem cooperar com a medição da temperatura”, “desinfectar as mãos” e
apresentar as respectivas “declarações de saúde”. Após a aula, as salas e os
equipamentos relevantes serão completamente desinfectados de forma a garantir a
saúde e a segurança dos professores, funcionários e alunos. Além disso, a UMAC
vai abrir parcialmente algumas instalações no Campus, como a Biblioteca e o
Complexo Desportivo, a partir do primeiro dia do retomar das aulas. Eduardo
Santiago – Macau in “Ponto Final”
eduardosantiago.pontofinal@gmail.com
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