A Guiné-Bissau vai adquirir um produto à base de plantas
medicinais, fabricado em Madagáscar, para combater o novo coronavírus, disse
hoje o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
À
margem de um discurso à nação em que anunciou a prorrogação, por mais 15 dias,
do estado de emergência, Umaro Sissoco Embaló afirmou que já manteve contactos,
por videoconferência, com o seu homólogo malgaxe, Andry Rajoelina, sobre a
possibilidade de compra.
Na
semana passada, Andry Rajoelina apresentou, publicamente, um chá, batizado de
"Covid-Organics", preparado à base de artemísia, uma planta utilizada
no tratamento da malária e que na Guiné-Bissau é conhecida por ‘nenebadaji' e
outras ervas.
Embora
a eficácia da substância não tenha sido comprovada em laboratório, o líder
malgaxe, que bebeu o chá na presença de jornalistas e embaixadores, defendeu
que curou duas pessoas que estavam infetadas pela covid-19.
Ao
anunciar as diligências para a aquisição dos produtos, Umaro Sissoco Embaló
exibiu para os jornalistas um trecho da videoconferência que manteve com Andry
Rajoelina e da conversa ficou assente que é só a Guiné-Bissau mandar um avião a
Madagáscar.
O
Presidente guineense disse que, o mais tardar, até quarta-feira todas as
diligências serão encetadas a partir de Bissau e indicou que outros países
africanos já estão a fazer a mesma coisa.
"O
doente experimenta qualquer medicamento que o possa curar", observou
Embaló, enaltecendo a experiência de Madagáscar na produção de medicamentos a
partir de ervas.
"Madagáscar
é um país conhecido na produção de plantas medicinais, desde a Segunda Guerra
Mundial […], hoje volta a demonstrar ao mundo que há possibilidade de curar
esta doença", defendeu o presidente guineense.
A
Guiné-Bissau regista 53 casos de covid-19 e confirmou a primeira morte.
A
nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de
covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 3 milhões de
pessoas em 193 países e territórios.
Madagáscar
tem um registo de 128 pessoas infectadas das quais 82 estão totalmente
recuperadas. In “Angola 24 Horas” - Angola
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