Apesar da pandemia, o 25 de Abril foi assinalado em
Macau, com o palco das comemorações “instalado” nas redes sociais. Dois vídeos
sobre uma data que “não pode passar em branco” tiveram feedback “positivos”.
Numa data muito emotiva, Manuel Geraldes apontou que as redes sociais ajudaram
a encurtar o distanciamento social. Por outro lado, Amélia António sublinhou
que a iniciativa levada a cabo pela Casa de Portugal constituiu um sucesso e
serviu de aprendizagem para o futuro
As
celebrações em Macau do “Dia da Liberdade” deste ano foram condicionadas pela
pandemia, mas a Casa de Portugal não quis que isso fosse motivo para “saltar a
data”, pelo que gravou um vídeo comemorativo.
Combinando um espectáculo de marionetas, um momento musical e narrativas sobre
a Revolução dos Cravos, o vídeo foi produzido pela equipa da associação e
divulgado nas redes sociais.
A
presidente da Casa de Portugal disse ao Jornal Tribuna de Macau que sentiu as
pessoas “perceberam que o trabalho foi feito com calor humano e empenho”. “Acho
que, dentro do que era possível fazer foi um esforço bem recebido e bem feito.
Pelas reacções das pessoas que nos mandaram ‘feedback’ e pelo movimento que
teve o Facebook acho que despertou interesse e que as pessoas gostaram”,
afirmou Amélia António.
Apesar
do sucesso, reconheceu ter sido difícil levar a cabo este projecto. “Foi uma
experiência muito em cima da hora, porque havia outras coisas a acontecer. Nós
não tivemos, até muito tarde, a certeza do que podíamos fazer e portanto quando
se decidiu que tinha de ser este formato foi já com muito pouco tempo”, contou,
acrescentando que “estas coisas parece que são todas muito simples, mas dão
muito trabalho”.
Segundo
Amélia António, entre os elogios o público destacou especialmente a atenção
dada ao público infantil “que é uma coisa pouco comum”.
Por
outro lado, a responsável lamentou que esta celebração não decorresse como nos
anos anteriores. “É triste que tenha de ser assim, não é um 25 de Abril que nos
encha a alma”, lamentou Amélia António, porém, sublinhando que “serviu de
aprendizagem para próximos projectos”.
“Isto
não substitui a presença física nem o encontro entre as pessoas, mas alivia
essa falta”, pelo que no futuro este formato voltará a funcionar, mas como
complemento.
A
Casa de Portugal arranca agora com a preparação de “Junho, mês de Portugal” e
retomará os trabalhos interrompidos nas futuras instalações do restaurante no
Tap Seac.
Conforme
noticiámos na edição de sexta-feira, a “Comissão Ad Hoc 25 de Abril”, também
produziu um vídeo musical que foi partilhado nas plataformas pela Associação 25
de Abril. Em declarações ao Jornal Tribuna de Macau, Manuel Geraldes salientou
que a interpretação de várias obras de Zeca Afonso por parte de José Li
Silveirinha, jovem pianista de Macau, mereceu rasgados elogios.
“É
um momento musical brilhante, lindíssimo. E claro que é isso que as pessoas
dizem nas redes sociais”, afirmou.
A
data “que não deve ser esquecida” é sempre um dia muito emotivo para Manuel
Geraldes que mesmo com o confinamento social não deixou de o partilhar com “os
de sempre”.
“Passei
o dia em casa a ver um filme e a falar com as pessoas em Portugal. Recebi os
telefonemas habituais desta altura, ainda estou cansado de ontem”, confessou,
realçando que “com as redes sociais permitem-nos esta troca e partilha apesar
das circunstâncias e da distância entre Macau e Portugal”. Sofia Rebelo –
Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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