Em comparação às demais províncias, Luanda é o
“quebra-cabeças” no que toca ao grau de cumprimento das medidas do Estado de
Emergência, admitiu o ministro do Interior
Apesar
disso, Eugénio Laborinho garantiu que tudo será feito para que a situação
normalize na capital do país, nem que para isso tenham de se accionar outros
níveis de intervenção. O ministro revelou que foram apreendidas 614 viaturas,
por violação da lei.
O
ministro apelou, igualmente, à sociedade civil, com destaque para as igrejas e
Organizações Não-Governamentais, no sentido de sensibilizarem as famílias
porque a inimiga Covid-19 é desconhecida.
Instado
a pronunciar-se sobre casos dos efectivos da Polícia Nacional que têm actuado
sem meios de protecção, como luvas e máscaras, Eugénio Laborinho afirmou:
“Temos estado a trabalhar com o Ministério da Saúde em relação à protecção dos
nossos efectivos, sobretudo os que estão em permanente contacto com as populações
e acreditamos que, nos próximos dias, haverá uma mudança neste sentido”, disse.
Durante
a conferência de imprensa, o ministro do Interior sublinhou que os agentes da
Polícia Nacional estão orientados que a manutenção da ordem e segurança
públicas deve ser implementada com rigor porque a meta é garantir a paz social.
Segurança pública
O
Ministério do Interior tem a situação de segurança pública controlada, numa
altura em que está em vigor no país o Estado de Emergência em vigor no país,
garantiu o ministro.
Eugénio
Laborinho acrescentou que a Polícia tem estado a cobrir todo o país para
assegurar que se cumpra o Estado de Emergência decretado no âmbito das medidas
de prevenção à pandemia.
Referiu
que os efectivos estão a efectuar a cobertura das zonas mais recônditas e o
trabalho não tem sido fácil. “Temos um problema muito sério que tem que ver com
a teimosia da nossa população que não tem estado a acatar as ordens dos
efectivos da ordem e segurança no terreno”, afirmou Eugénio Laborinho, que admitiu,
igualmente, o registo de alguns excessos por parte da Polícia Nacional,
sobretudo em Luanda, Benguela, Cabinda, Namibe e Uíge.
O
ministro, que lamentou essas ocorrências, indicou que foram aplicadas algumas
“medidas correctivas” a alguns efectivos da corporação. “Pedimos que as pessoas
fiquem em casa porque vamos acelerar as medidas correctivas”, alertou Eugénio
Laborinho, acrescentando que tais medidas vão depender de cada caso. Sublinhou
que a Polícia vai continuar a actuação, partindo de forma pedagógica, de modo a
não haver confrontos entre os cidadãos e efectivos da corporação.
O
ministro esclareceu que, de momento, a Polícia ainda está na segunda linha de
actuação. “Pensamos que não haverá necessidade de subir os níveis, mas estamos
preparados para os devidos efeitos”, disse. Para já, avisou que “a Polícia não
está no terreno para distribuir rebuçados nem para dar chocolates”, razão pela
qual vai actuar em função do comportamento de cada cidadão ou aglomerado de
pessoas. In “Jornal de Angola” - Angola
Sem comentários:
Enviar um comentário