Investigadores
descobriram um método que permite «identificar e diagnosticar de forma mais
rápida e menos dispendiosa»
Investigadores do Instituto de
Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no Porto, descobriram um método que
permite «identificar e diagnosticar de forma mais rápida e menos dispendiosa»
um tipo de cancro do estômago.
Celso Reis, líder da equipa de
investigação, revelou à agência Lusa que o estudo, vai permitir «identificar de
forma mais fácil e mais económica» um dos quatro subtipos de cancro no
estômago, assim como «tratar de forma correta e adequada os doentes».
O estudo, desenvolvido desde
2012 por uma equipa do i3S, que tem vindo a analisar as alterações das células
do cancro do estômago, permitiu desvendar um novo «marcador molecular».
«Este trabalho permitiu
identificar as células do cancro alteradas de uma forma simples, visto que a
sua deteção é feita a partir de um anticorpo, e assim conseguimos detetar que
essa alteração estava associada a um dos grupos moleculares do cancro do
estômago», explicou o investigador. Segundo Celso Reis, este novo marcador
molecular corresponde a um dos grupos do cancro do estômago, o subtipo MSI, que
representa 21,4% dos tumores gástricos existentes.
«Este marcador pode vir a ser
mais útil na aplicação e caracterização do cancro do estômago do que os
restantes marcadores», sublinhou. O investigador frisou também que este método,
sendo «mais fácil e simples» do ponto de vista clínico, permitirá «definir que
tipo de tratamento é que os doentes vão ter».
«Este marcador molecular é
importante porque vai permitir definir que tipo de tratamento é que os doentes
vão ter, apesar de hoje em dia já existirem alguns fármacos inovadores que
regulam bem a resposta do doente», salientou.
Este método, que é um dos
resultados obtidos pela equipa de investigação do i3S, segundo Celso Reis,
poderá ainda vir a ser útil na identificação de alterações genéticas noutros
tipos de cancros.
«O nosso marcador molecular
poderá, eventualmente, ser utilizado noutros cancros com alterações genéticas,
isto porque nem sempre as células que temos conseguem corrigir estas alterações
e erros, e há muitos tumores que apresentam essas características»,
acrescentou. In “Revista Port. Com” – Portugal com “Lusa”
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