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África do Sul será no próximo ano o primeiro país fora da Europa a implementar
a modalidade de ensino complementar de língua portuguesa
“Ficou assente com a
coordenação do ensino da língua portuguesa o objetivo de lançarmos no decurso
de 2019 os projetos de ensino de língua portuguesa enquanto ensino
complementar, ou seja, mantendo o ensino integrado e, para aqueles que o
quiserem, a oferta de ensino paralelo, mas lançando uma nova modalidade que já
foi também desenvolvida no Luxemburgo e que terá na África do Sul o primeiro
exemplo fora da Europa de modalidade de ensino complementar", afirmou José
Luís Carneiro.
Em declarações à agência Lusa,
no final de uma visita de quatro dias à África do Sul e eSwathini (antiga
Swazilândia), José Luís Carneiro esclareceu que Portugal passa, assim, a
disponibilizar três modalidades de ensino e de promoção do ensino da língua portuguesa
neste país africano, antiga colónia britânica.
O governante português
sublinhou que a medida é um dos "quatro importantes objetivos
alcançados" na sua terceira visita à África do Sul.
"Quanto à África do Sul,
eu destacaria a continuidade do reforço e dignificação dos serviços consulares,
por intermédio da inauguração das novas instalações da secção consular na
embaixada em Pretória, no seguimento dos investimentos realizados no Consulado-Geral
de Joanesburgo", afirmou.
José Luís Carneiro referiu
depois a homenagem e o reconhecimento realizado às Academias do Bacalhau,
enquanto movimento de solidariedade internacional, por ocasião do seu 47.º
Congresso Mundial que juntou em Joanesburgo, capital das tertúlias, dirigentes
do movimento de todo o mundo.
Nesta ocasião, o secretário de
Estado português homenageou com a Medalha de Mérito das Comunidades
Portuguesas, no grau ouro, o presidente da Academia, José Contente, "um
dos líderes mais carismáticos deste movimento".
Na deslocação à África do Sul,
o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas destacou ainda os encontros
que manteve com empresários no âmbito da South African Portuguese Chamber of
Commerce e dos investidores portugueses na África do Sul, "quer também
hoje com um grupo cada vez mais vasto de portugueses que, sendo investidores na
África do Sul, investem em Portugal".
"E pude encontrar dois
fluxos, quer um fluxo de reforço dos investimentos que estão a ser realizados,
quer na modernização de infraestruturas empresariais, quer na criação de novas
infraestruturas empresariais na África do Sul, quer também na aposta que hoje
existe por parte de muitos desses empresários em Portugal", precisou.
Nos contactos que manteve com
dirigentes associativos de Joanesburgo e Pretória, o governante adiantou que
lhes lançou o desafio de lançar na África do Sul "um contrato coletivo de
apoio ao desenvolvimento comunitário nas múltiplas dimensões da sua
intervenção".
Segundo José Luís Carneiro,
este "movimento agregador" visa desenvolver projetos associativos nas
áreas humanitária, desportiva, social, cultural, promoção da língua portuguesa
e de apoio aos empreendedores portugueses da diáspora com investimentos na
África do Sul.
Sobre a visita ao reino
de eSwathini (antiga Swazilândia), o secretário de Estado disse que no encontro
com mais de uma centena de portugueses - a maioria com origens na região Norte
e Centro de Portugal, sentiu "uma comunidade muito bem enraizada, com vontade
de ali permanecer", tendo assumido o compromisso de relançar o ensino da
língua portuguesa "na medida em que há cerca de 500 alunos como vontade de
se inscreverem". In “Diário de Notícias” -
Portugal
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