A
marca portuguesa de luxo Claus Porto, da indústria de sabonetes, abriu, esta
semana, a sua primeira loja internacional em Nova Iorque, com um 'design' de
interior em que tudo remete para Portugal
«Há uma ligação direta e total
a Portugal», disse à agência Lusa o diretor-geral da companhia detentora Ach
Brito, Francisco Neto, na loja localizada em 230 Elizabeth Street, no bairro
Soho.
Todos os produtos da Claus
Porto, que incluem sabonetes, cosmética, perfumaria, creme de mãos e velas
difusoras, são de fabrico nacional, mantendo sempre como pilares o luxo e a
excelência.
As paredes da loja de Nova
Iorque são como um túnel, «inspirado nos arcos da estação de comboios de São
Bento do Porto» e talhado em cortiça, «o material natural mais nobre e
representativo de Portugal», explica o presidente executivo, Francisco Neto.
Um túnel branco, que também
serve de montra, para que a cor seja dada pelas inúmeras embalagens decorativas
dos produtos da Claus Porto.
O lavatório, no centro da
loja, é feito em mármore de Estremoz e até os copos das velas difusoras são
feitos de porcelana portuguesa.
A abertura de uma loja em Nova
Iorque, um local que tem à volta uma grande comunidade lusófona, pode despertar
«interesse especial» e «orgulho, por ser uma marca portuguesa», mas os
responsáveis acreditam que a Claus Porto «não é mais acarinhada por portugueses
do que por coreanos», nas palavras de Francisco Neto.
«A marca é adorada na Coreia
do Sul, descobrimos isso recentemente», contou.
«O que sentimos quando vemos a
marca em Tóquio, em Paris, em Londres ou aqui é uma contemporaneidade
internacional», diz o diretor-geral.
Com mais de 130 anos de existência,
criada no Porto em 1887 e pertencente à empresa Ach Brito a partir de 1924, a
marca representa nos seus produtos muito da história de Portugal, mas é mais
conhecida e comercializada fora do país.
A Claus Porto (chamada Claus
& Schweder até finais dos anos 1920) «sempre teve uma vertente mais
internacional» e vendeu os produtos dentro e fora de Portugal através de
parceiros, distribuidores e retalhistas, enquadra Aquiles Brito, administrador
não executivo da companhia Ach Brito, fundada em 1918 pelo seu bisavô, Achilles
de Brito.
Os Estados Unidos sempre
tiveram muito peso na faturação da empresa, revela o administrador. Antes de se
estabelecer com uma loja própria, a marca já podia ser encontrada «nos melhores
retalhistas dos Estados Unidos e em boutiques de luxo».
Aquiles Brito acredita que a
concorrência é forte em Nova Iorque: «são empresas muito fortes, algumas delas
espalhadas mundialmente, detidas por grandes grupos económicos», que
ultrapassam a faturação da Ach Brito, detentora da Claus Porto.
«É um desafio mais
interessante, porque é sinal que a marca tem muito potencial para crescer», diz
o administrador.
Francisco Neto conclui que a
Claus Porto quer «pertencer a esse clube de marcas que convivem saudavelmente.
Mais do que competem, convivem». In “Revista Port. Com” – Portugal com “Lusa”
Sem comentários:
Enviar um comentário