A
‘Together Helping Women’ foi fundada em junho de 2016 no Canadá por Ana
Pereira, uma vítima de um cancro na mama, mas a organização já tem um papel
importante na sociedade local
“O nosso objetivo é angariar
fundos para ajudar essas mulheres (com cancro) porque temos tido poucos
voluntários”, disse à agência Lusa Ana Pereira.
A responsável da fundação
falava durante a terceira gala de angariação de fundos para auxiliar vítimas do
cancro, organizado pela ‘Together Helping Women’. Nesta edição, o tema foi a
leucemia.
“Queremos ajudar mulheres com
qualquer tipo de cancro. Nesta edição, estamos a assinalar o tema da leucemia.
Já abordámos outros temas, como o cancro da mama e dos ovários”, acrescentou.
Com cerca de 300 convidados,
os lucros do jantar de gala reverteram para as vítimas de cancro, pessoas com
“baixo rendimento, sem acesso ao seguro de saúde”, acima de tudo pessoas “mais
necessitadas, como mães solteiras”, exemplificou.
Nem todas as vítimas têm
acesso ao sistema de saúde de Ontário, daí que a fundação desempenhe um
importante papel no acompanhamento das vítimas.
“Hoje em dia, as pessoas da
comunidade portuguesa estão muito abertas. As estatísticas da Sociedade
Canadiana do Cancro revelam que uma em cada duas mulheres padecem de um cancro.
Há ainda muito tabu, mas as pessoas estão mais abertas”, sublinhou.
Uma das vítimas, com um tumor
no cérebro, Vanina Reynoso, destacou a importância de associações como a
‘Together Helping Women’ no acompanhamento das mulheres afetadas por esta
doença.
“Através destas associações
conhecemos imensas pessoas que passaram pelo mesmo problema e não nos sentimos
tão sozinhos. Isto é muito importante porque ajudam-nos a ultrapassar os
medos”, recordou.
Ainda enviou uma mensagem de
esperança a todas aquelas afetadas pela doença porque a “maior parte do tempo é
difícil”, mas a “esperança é sempre a última a morrer”.
Outra das vítimas, Patrícia
Rocha, há 13 anos no Canadá, natural de Póvoa de Varzim, uma sobrevivente de um
cancro na mama, diagnosticado em julho de 2017, reconheceu o trabalho da
fundação.
“Sempre estiveram do meu lado,
nas consultas e no tratamento de quimioterapia, acompanhando-me.
Disponibilizaram-se para me apoiar financeiramente, nomeadamente a peruca, mas
não foi necessário. Preferi que a disponibilizassem para outra vítima que
tivesse problemas com a imagem”, contou.
A fundação tem um papel
importante mas as vítimas “têm de ter força de vontade, autoconfiança”, pois só
assim se consegue ir até fim.
De acordo com dados de 2016 da
Sociedade Canadiana de Leucemia, 138.100 canadianos padeciam de uma forma de
cancro no sangue, 43.335 de um linfoma, 22.510 de leucemia e 7.455 de um
mieloma. In “Mundo Português” – Portugal com “Lusa”
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