Além
disso, primeiro submarino nuclear será finalizado até 2028
Batizado de Riachuelo, o
primeiro submarino da classe Scorpène construído no Brasil deverá ser lançado
ao mar em 14 de dezembro deste ano. Além dele, outros três serão montados e
lançados a cada 18 meses, até 2023. Há ainda a previsão de que o primeiro submarino
nuclear seja concluído em 2028.
O anúncio foi feito pelo
diretor geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha do Brasil, o
almirante de esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, que
apresentou o Programa Nuclear da Marinha (PNM) e o Programa de Desenvolvimento
de Submarinos (Prosub), nesta sexta-feira. A palestra do almirante, realizada
no auditório da Capitania Fluvial de Porto Alegre, no Centro Histórico, reuniu
militares da Marinha do Brasil e representantes da Pucrs, Ufrgs, Fiergs e da
empresa AEL Sistemas, que produz materiais para as Forças Armadas.
Bento Costa apresentou
detalhes dos projetos e a importância dessas iniciativas para o desenvolvimento
do Brasil. Sobre o projeto de submarinos, Júnior disse que o Brasil está
recuperando a sua capacidade de construção. Ao detalhar o projeto, o almirante
informou que o primeiro modelo de submarino (S-BR), baseado no projeto francês
“Scorpene”, foi desenvolvido com transferência de tecnologia francesa do Naval
Group em parceria com a Marinha do Brasil e está sendo montado no Complexo
Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
“O Programa Nuclear da Marinha
do Brasil tem como objetivo dar maior segurança à costa brasileira e gerar
impactos significativos na economia do país. Toda a atividade nuclear em
território brasileiro é para fins pacíficos”, destacou o Almirante que é diretor
geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha do Brasil. Bento
Costa afirmou ainda que o país está entre os mais extensos do mundo (ocupa a
sexta posição) e possui grandes reservas naturais.
Em relação à tecnologia, o
almirante afirmou que o programa da Marinha do Brasil traz inovação,
competitividade e desenvolvimento ao país e apresentou dados dos últimos dez
anos do programa. Segundo ele, o Prosub movimentou 700 empresas civis
nacionais, 18 universidades e institutos de pesquisa, e foi responsável pela
geração 4,8 mil empregos diretos e 12,5 mil empregos indiretos.
Sobre o programa nuclear
brasileiro, o almirante disse ele começou a operar em 1914 por meio de
parcerias com países como Itália, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Já a origem
do Programa do Submarino Nuclear remonta a década de 1970, com o Plano
Estratégico da Marinha, que indicava a necessidade de projetar e construir
submarinos de propulsão nuclear.
Na década de 1980 e 1990, foi
firmada uma parceria com a Alemanha para a construção de cinco submarinos e a
transferência de tecnologia. Em 2008, um acordo de parceria estratégica foi
assinado com a França possibilitando a construção de quatro submarinos
convencionais e um submarino de propulsão nuclear, além da construção de um
estaleiro e de uma base naval. “O projeto básico do nosso submarino de
propulsão nuclear foi finalizado e certificado pelos franceses em janeiro de
2017 e estamos na fase de detalhamento do projeto”, acrescentou. Cláudio Isaías – Brasil in “Poder
Naval”
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