Para promover, discutir e,
consequentemente, concertar posições sobre um vasto leque de assuntos
relacionados com o Corredor da Beira, na província de Sofala, a concessionária
dos Terminais de Contentores e de Carga Geral do Porto da Beira, Cornelder de Moçambique
S.A. (CdM), e seus parceiros, estiveram reunidos, numa conferência,
recentemente realizada em Lusaka, na capital da Zâmbia.
O evento contou com a
participação de cerca de 250 delegados, dos quais 40 representantes de
instituições e entidades públicas moçambicanas, das áreas tributária,
transportes de diversas linhas de navegação, agentes transitários,
transportadores, entre outros.
Durante o encontro fez-se uma
abordagem e discussão sobre aspectos relacionados com os mais recentes
desenvolvimentos do Corredor logístico da Beira e, igualmente, ultrapassados
constrangimentos, através do contacto presencial e directo, propiciado pela
conferência, bem como o reforço e o estabelecimento de parcerias com empresas e
instituições daquele país vizinho.
A secretária permanente da
Indústria e Comércio da Zâmbia, Kayula Siame, que presidiu à conferência,
disse, na ocasião, que o governo zambiano está, neste momento, a considerar a
utilização mais regular do Corredor da Beira como uma rota alternativa acessível
para o Oceano Índico, dado que se verifica o uso mais frequente até agora do
corredor norte através de Nakonde.
No entanto, conforme admitiu
aquela governante, há necessidade de se explorar melhor o Corredor da Beira,
baseado no facto de ser, indubitavelmente, o trajecto que se revela mais curto
e menos dispendioso para as operações logísticas do seu país, aspecto que
representa uma vantagem competitiva para os operadores do sistema da região
centro de Moçambique.
Na sua apresentação, Kayula
Siame sustentou ser necessário que a Zâmbia aumente as suas exportações para
que possa reduzir, significativamente, o défice na balança de pagamentos.
“O governo zambiano pretende
acelerar a facilitação do comércio e já trabalhou na criação de um projecto de
lei de administração de fronteiras para facilitar o comércio que visa na sua
essência harmonizar as agências na fronteira para evitar a duplicação de
trabalho", frisou.
Por seu turno, Jan de Vries,
administrador delegado da Cornelder de Moçambique, fez uma avaliação positiva
do evento, destacando o facto de a empresa ter tido a oportunidade de angariar
novos clientes para o corredor logístico da Beira, para além de ter colhido
contribuições sobre como melhorar a qualidade dos serviços prestados aos
utilizadores.
Importa referir que esta foi a
segunda edição da iniciativa "Beira Corridor", tendo a primeira
edição sido realizada no mês de Agosto do corrente ano na República do
Zimbabwe, especificamente na cidade de Harare onde se concentraram mais de 200
participantes. In “Olá Moçambique” - Moçambique
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