Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Macau – Aligeirada a entrada de trabalhadores não residentes da cidade de Zhuhai

A partir de hoje, os TNR chineses com título de residência em Zhuhai ficam isentos de quarentena. A apresentação de um teste negativo ao covid-19 irá substituir o exame médico de 6 a 8 horas exigido a TNR e turistas. No 32º dia sem novos casos de infecção do novo coronavírus, as autoridades anunciaram mais uma alta médica

A partir das seis horas da manhã de hoje, os trabalhadores não residentes (TNR) de Macau, portadores de um título de residência de Zhuhai, podem voltar a entrar no território sem cumprir o período de isolamento de 14 dias.

A medida consta de um despacho do Chefe do Executivo, que estabelece algumas regras, como a apresentação de um teste negativo à covid-19, com validade de sete dias, e um Código de Saúde de cor verde para atravessar a fronteira.

Na conferência diária sobre o surto epidémico, as autoridades revelaram que, “passo a passo”, poderão alargar estas medidas ao restantes TNR e até turistas, de forma a que Macau regresse ao “normal o mais rápido possível.”

A nova medida é resultado de um reconhecimento mútuo dos testes nos dois códigos de saúde utilizados entre Macau e Zhuhai. Ou seja, mediante a apresentação de um teste negativo, com validade de sete dias, passa a ser permitida a entrada em Macau, substituindo o exame médico feito a turistas e residentes com duração de 6 a 8 horas, que tinha lugar no Fórum Macau.

“Com o aumento da capacidade de realização de testes ao ácido nucleico, quer em Macau, quer no Interior da China, entendemos que tínhamos capacidade de substituir este exame médico” pelos testes, esclareceu Alvis Lo Iek Long, médico adjunto da direcção do hospital público.

As autoridades revelaram ainda que, incluindo as análises elaboradas por uma empresa externa e o laboratório dos Serviços de Saúde, Macau tem capacidade para fazer 6000 testes ao ácido nucleico por dia. No sábado, foram realizados 3318 testes em Macau.

Alvis Lo Iek Long explicou ainda que os resultados “tecnicamente podem ser conhecidos ao fim de três ou quatro horas”, porém, “tudo dependerá do fluxo de pessoas”.

Cerca de 20 mil TNR preenchem os requisitos estabelecidos pela medida agora implementada. Excluídos ficam todos os TNR não chineses bem como os chineses sem residência em Zhuhai. Durante a primeira ronda, o teste será gratuito, mas depois serão cobradas 180 patacas pelo teste ao ácido nucleico.

Mais uma alta médica

No 32º dia sem novos casos, as autoridades anunciaram mais uma alta médica de um paciente infectado pelo novo tipo de coronavírus. A residente, de 19 anos, que estudava no Reino Unido esteve internada cerca de dois meses, seguiu para o Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane para cumprir 14 dias de convalescença.

Quando questionado sobre o longo período de tratamentos levados a cabo no território para quadros clínicos considerados ligeiros, Alvis Lo Iek Long frisou que Macau aplica critérios “muito rigorosos”. Explicou que em média o período de internamento em Macau é mais longo, quando comparado com outros países e regiões, justificando que existem cada vez mais provas de que, “apesar dos testes negativos, nos 10 dias que se seguem o vírus não fica inactivo”.

Em tratamento, há cerca de sete ou oito semanas, continuam quatro pacientes, considerados ligeiros, que estão internados no centro de Coloane. No mesmo centro estão também 12 pessoas em convalescença.

Em quarentena na Pousada Marina do Infante estão 162 pessoas, das quais 113 são residentes de Macau. Há ainda 11 pessoas a cumprir isolamento nos barcos de pesca.

121 pedidos de ajuda para regressar a Macau

Desde 1 de Abril, o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT) recebeu 121 pedidos de ajuda de residentes que querem regressar ao território. Inês Chan, chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção dos Serviços de Turismo, revelou que as solicitações surgiram de vários países. A responsável apontou que, além da escassez de voos, acrescem a questão da autorização do transporte não depender apenas de Macau, o que torna o regresso “muito complicado”, uma vez que cada país tem as suas regras. No mesmo período, o GGCT recebeu ainda 500 consultas. As autoridades garantiram que irão dar apoio, sugerindo itinerários com escala através do interior da China. Sofia Rebelo – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

Sem comentários:

Enviar um comentário