Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Internacional - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde recebe financiamento para travar principal causa da dor lombar

Projeto coordenado pela docente e investigadora Raquel Gonçalves (i3S/ICBAS) vai receber 53 mil euros da Fundação Alexander von Humboldtser



O projeto «IVDD-RESIDE», que resulta de uma colaboração entre a investigadora Raquel Gonçalves, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), e o Instituto de Investigação Ortopédica e Biomecânica, em Ulm, na Alemanha, foi financiado pela Fundação Alexander von Humboldt com 53 mil euros. O objetivo do projeto é encontrar novos alvos terapêuticos para a degeneração do disco intervertebral, principal causa da dor lombar.

A degeneração do disco intervertebral é uma condição progressiva de desgaste dos discos intervertebrais que atuam como amortecedores entre as vértebras da coluna. Essa degeneração envolve alterações do número e tipo de células e a perda progressiva de flexibilidade e elasticidade dos discos intervertebrais.

“Trata-se de um problema clínico com grande impacto social e económico, já que é predominante na população adulta ativa, é líder em termos de número de anos vividos com incapacidade física e é a principal causa de reabilitação em todo o mundo. As soluções terapêuticas atuais são habitualmente conservadoras, ou em casos mais graves, a cirurgia é a única opção, embora a degeneração não seja reversível», esclarece Raquel Gonçalves.

Neste projeto, explica a investigadora do grupo «Biofabrication» do i3S e Professora Auxiliar do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), “vamos estudar uma população especifica de células residentes no disco intervertebral, nomeadamente a sua assinatura celular e molecular e a sua função na cascata de degeneração da patologia do disco intervertebral”.

A equipa, acrescenta, pretende ainda “avaliar o potencial terapêutico de vesículas extracelulares (EVs) derivadas de células estaminais/estromais mesenquimatosas (MSC) nesta população de células do disco intervertebral”.

Raquel Gonçalves espera que esta investigação possa “contribuir para o avanço do conhecimento de terapias de base celular, mas sem células, o que é atualmente uma tendência da área das terapias baseadas em MSC, devido ao elevado potencial terapêutico das moléculas produzidas por estas células e à maior facilidade de translação dos produtos que não contém células vivas”.

Este projeto surge na sequência de uma bolsa da fundação Humboldt conquistada por Raquel Gonçalves em 2017 e do trabalho desenvolvido desde 2011 em parceria com o Instituto de Investigação Ortopédica e Biomecânica, em Ulm, na área do disco intervertebral.

Desta parceria resultaram colaborações em quatro projetos internacionais, uma tese de doutoramento em co-supervisão e oito artigos em co-autoria. Este novo projeto conjunto, acrescenta a investigadora, “reforça a ligação entre os dois institutos e contribui para formar novos estudantes no desenvolvimento de novas terapias imunomodulatórias para a dor lombar”. Universidade do Porto - Portugal




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