A maior exposição de pintura histórica e de exportação até hoje realizada em Macau vai apresentar 300 trabalhos de artistas locais, de Hong Kong e de Guangdong. A mostra inclui também obras de George Chinnery, por ocasião do 250º aniversário do seu nascimento. Uma série de quadros valiosos vai poder ser contemplada pelo público no Museu de Arte
A
Exposição “Integração Artística entre a China e o Ocidente nos Séculos
XVIII-XIX” vai ser inaugurada esta sexta-feira no Museu de Arte de Macau (MAM),
apresentando a “época da Zona da Grande Baía” criada por artistas chineses e
estrangeiros.
Através
de três perspectivas distintas – estilos, técnicas e materiais de pintura – a
mostra, que se integra no do 34º Festival de Artes, é considerada a maior
exposição de pintura histórica e de exportação jamais realizada em Macau.
Divulga uma selecção de mais de 300 peças/conjuntos de pinturas de exportação
do Museu de Guangdong, Museu de Arte de Hong Kong, Museu de Arte de Macau e
Museu de Macau.
O
objectivo é apresentar um panorama completo da origem e do desenvolvimento da
pintura de exportação e realçar o espírito inclusivo e exploratório dos
artistas de Guangdong, Macau e Hong Kong ao longo do processo de globalização
do comércio que teve lugar há dois séculos.
Dado
que este ano se assinala o 250º aniversário do nascimento de George Chinnery, a
exposição difunde um número especialmente numeroso de obras deste pintor tão
ligado a Macau, bem como dos seus seguidores, incluindo uma série de quadros
valiosos que serão expostos pela primeira vez na cidade.
A
exposição proporciona uma “reflexão abrangente sobre a importante influência de
Chinnery no sul da China no século XIX e realça o papel de Macau como ponto de
encontro entre as culturas chinesa e ocidental”, segundo refere uma nota de
divulgação do evento, que decorrerá no Museu de Arte de Macau e tem organização
do Instituto Cultural e dos museus de arte de Guangdong e Hong Kong. A
cerimónia de abertura está agendada para as 18h30 de amanhã.
A
mostra abrange diversos temas, como plantas, barcos, paisagens, retratos e
pintura de género, com vista a interpretar o diálogo entre as técnicas da
pintura chinesa e ocidental e a dar a conhecer várias formas de expressão
artística, incluindo óleo, aguarela, guache, esboço e gravura, proporcionando
uma visão panorâmica da integração e adaptação de materiais de pintura então
usados.
Em
articulação com a exposição, serão disponibilizadas visitas guiadas para o
público, em cantonense, aos sábados, domingos e feriados, pelas 15:00, a partir
de 18 de Maio. Durante o período do evento, serão ainda realizadas diversas
actividades paralelas, nomeadamente palestras, workshops, concertos, bem
como as visitas artísticas “Passeando pelas Ruas de Macau nas Pinturas de
Chinnery” e “Passeando no Museu de Arte de Macau”, que incidirão sobre os
vestígios de George Chinnery no território.
As
diversas actividades oferecem interpretações do “estilo de pintura de Chinnery”
e das pinturas de exportação dos séculos XVIII–XIX a partir de múltiplas
perspectivas.
A
mostra ficará patente ao público, até 11 de Agosto e 15 de Setembro, nos pisos
3 e 4 do MAM, respectivamente. O museu encerra às segundas-feiras. Vítor
Rebelo – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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