Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Macau - Obras de George Chinnery integram mostra de pinturas valiosas

A maior exposição de pintura histórica e de exportação até hoje realizada em Macau vai apresentar 300 trabalhos de artistas locais, de Hong Kong e de Guangdong. A mostra inclui também obras de George Chinnery, por ocasião do 250º aniversário do seu nascimento. Uma série de quadros valiosos vai poder ser contemplada pelo público no Museu de Arte


A Exposição “Integração Artística entre a China e o Ocidente nos Séculos XVIII-XIX” vai ser inaugurada esta sexta-feira no Museu de Arte de Macau (MAM), apresentando a “época da Zona da Grande Baía” criada por artistas chineses e estrangeiros.

Através de três perspectivas distintas – estilos, técnicas e materiais de pintura – a mostra, que se integra no do 34º Festival de Artes, é considerada a maior exposição de pintura histórica e de exportação jamais realizada em Macau. Divulga uma selecção de mais de 300 peças/conjuntos de pinturas de exportação do Museu de Guangdong, Museu de Arte de Hong Kong, Museu de Arte de Macau e Museu de Macau.

O objectivo é apresentar um panorama completo da origem e do desenvolvimento da pintura de exportação e realçar o espírito inclusivo e exploratório dos artistas de Guangdong, Macau e Hong Kong ao longo do processo de globalização do comércio que teve lugar há dois séculos.

Dado que este ano se assinala o 250º aniversário do nascimento de George Chinnery, a exposição difunde um número especialmente numeroso de obras deste pintor tão ligado a Macau, bem como dos seus seguidores, incluindo uma série de quadros valiosos que serão expostos pela primeira vez na cidade.

A exposição proporciona uma “reflexão abrangente sobre a importante influência de Chinnery no sul da China no século XIX e realça o papel de Macau como ponto de encontro entre as culturas chinesa e ocidental”, segundo refere uma nota de divulgação do evento, que decorrerá no Museu de Arte de Macau e tem organização do Instituto Cultural e dos museus de arte de Guangdong e Hong Kong. A cerimónia de abertura está agendada para as 18h30 de amanhã.

A mostra abrange diversos temas, como plantas, barcos, paisagens, retratos e pintura de género, com vista a interpretar o diálogo entre as técnicas da pintura chinesa e ocidental e a dar a conhecer várias formas de expressão artística, incluindo óleo, aguarela, guache, esboço e gravura, proporcionando uma visão panorâmica da integração e adaptação de materiais de pintura então usados.

Em articulação com a exposição, serão disponibilizadas visitas guiadas para o público, em cantonense, aos sábados, domingos e feriados, pelas 15:00, a partir de 18 de Maio. Durante o período do evento, serão ainda realizadas diversas actividades paralelas, nomeadamente palestras, workshops, concertos, bem como as visitas artísticas “Passeando pelas Ruas de Macau nas Pinturas de Chinnery” e “Passeando no Museu de Arte de Macau”, que incidirão sobre os vestígios de George Chinnery no território.

As diversas actividades oferecem interpretações do “estilo de pintura de Chinnery” e das pinturas de exportação dos séculos XVIII–XIX a partir de múltiplas perspectivas.

A mostra ficará patente ao público, até 11 de Agosto e 15 de Setembro, nos pisos 3 e 4 do MAM, respectivamente. O museu encerra às segundas-feiras. Vítor Rebelo – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”




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