A
Frente de Libertação de Timor-Leste Independente (Fretilin) defendeu que o
Estado timorense deve incentivar a educação e a produção literária em
português, lembrando que língua portuguesa faz parte da “identidade e história”
do país. “O Estado deve investir em programas educacionais em português,
incentivar a produção literatura em língua portuguesa e promover intercâmbios
culturais com outros países lusófonos”, afirmou a deputada Nurima Alkatiri.
A
deputada da Fretilin falava no Parlamento de Timor-Leste, no qual, por ocasião
do Dia Mundial da Língua Portuguesa, assinalado no domingo, foram entregues os
prémios aos vencedores do concurso de escrita, dedicado ao tema “O português
também é a minha língua”.
Para
Nurima Alkatiri, só assim Timor-Leste poderá reafirmar o compromisso em
“preservar e promover a língua portuguesa para gerações futuras” e garantir o
“contínuo florescimento da língua portuguesa” no país.
Na
declaração, a deputada lembrou que no país a língua portuguesa é “um elemento
essencial” da “história e identidade” dos timorenses. “Em Timor-Leste, assim
como na maior parte dos países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa], a língua portuguesa tem raízes profundas, remontando ao período
colonial português, que deixou uma marca indelével na vida, na maneira de estar
e ser do seu povo e na sociedade timorense”, disse.
Nurima
Alkatiri lembrou também que durante a ocupação indonésia o “português
permaneceu como língua de resistência e de resiliência”. “A língua portuguesa
faz parte da nossa história, dessa mesma história que no presente se afirma
como um dos elementos condicionantes da fundação da nossa identidade. Hoje mais
do que nunca, a língua portuguesa desempenha um papel vital na construção de
Timor-Leste”, salientou Nurima Alkatiri.
A
deputada sublinhou também que o domínio do português é uma “ferramenta poderosa
para o desenvolvimento pessoal e nacional”, que abre portas para a “educação
superior, empregos internacionais e participação em fóruns globais”.
A
língua portuguesa “capacita os timorenses a expressarem as suas ideias,
preservarem a sua cultura e contribuírem para o diálogo global”, disse. In “Ponto
Final” - Macau
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