Investigadores do Instituto Federal de Tecnologia ETH Zürich desenvolveram um novo tipo de chocolate que é mais sustentável e mais rico em nutrientes do que os métodos de produção convencionais, conforme um estudo publicado
Os
investigadores da ETH Zürich substituíram o açúcar granulado no seu chocolate
por partes do fruto do cacau que não são usadas no chocolate convencional. Eles
apresentaram a nova receita num estudo publicado na revista especializada Nature
Food.
Além
das sementes de cacau, a polpa e as partes da casca da fruta também são
encontradas no chocolate, explica o instituto num comunicado sobre o estudo.
Os
investigadores transformaram a casca dos grãos de cacau em pó, que misturaram
com a polpa para fazer uma geleia. Com essa geleia extremamente doce, os
pesquisadores substituíram o açúcar que normalmente é adicionado.
O
chocolate de laboratório contém mais fibras e menos ácidos gordos saturados do
que o chocolate normal, o que o torna mais saudável, segundo o estudo. Os
pequenos agricultores também poderão beneficiar, de acordo com a ETH. Eles
poderão diversificar a sua linha de produtos e aumentar o seu rendimento usando
mais partes do fruto do cacau.
De
acordo com a ETH, encontrar a receita perfeita para o chocolate de cacau não
foi fácil para os investigadores. Como o excesso de suco obtido da polpa faz
com que o chocolate se aglomere, a falta dele faz com que não seja doce o
suficiente.
Por
isso, no laboratório, os cientistas tiveram que testar sistematicamente a
consistência das diferentes composições.
As
experimentações mostraram que é possível adicionar no máximo 20% de geleia a um
chocolate, o que corresponde à doçura de um chocolate com cerca de 5 a 10% de
açúcar. Para fins de comparação: 30 a 40% de açúcar é adicionado ao chocolate
amargo convencional.
No
entanto, ainda levará algum tempo até que o chocolate possa ser comprado nas
lojas. Primeiro, toda a cadeia de valor deve ser concluída, explicou a ETH. Mas
um primeiro passo já foi dado: a receita do chocolate de frutas de cacau foi
patenteada pela ETH. In “Swissinfo” - Suíça
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