Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Guiné-Bissau - Escultores da Feira de Artesanato passam por dificuldades neste período da pandemia

Bissau – Os escultores da Feira de Artesanato de Bissau estão a deparar-se com dificuldades de negócios por falta de turistas no país neste momento da pandemia de coronavírus, disse à Agência de Notícias da Guiné, a porta-voz dos artesões



Alexandrina Marina Mané disse que atualmente, devido a esta situação, os promotores e produtores das artes, principalmente da madeira, que mais produzem, são agricultores e que a maioria já voltou para suas tabancas e regiões por falta de meios.

"Nesta segunda vaga, os poucos que vieram também estão com grandes dificuldades dentre as quais a falta de turistas que constituem 80 por cento dos seus clientes”, disse, Alexandrina Mané.

Segundo ela, “a situação está a ficar cada dia mais dramática porque não temos apoios de ninguém, contrariamente a outros países, em que há subvenção aos artesões”.

Mané afirmou que, os poucos clientes que vão à Feira têm lamentado igualmente as dificuldades que a crise pandémica impõe. Disse que estão actualmente a vender os seus produtos a preço de promoção.

De acordo com Alexandrina Mané, outra dificuldade com que os artesões se confrontam tem a ver com a aquisição de madeiras secas para confecções dos seus produtos, acrescentando que a madeira seca está muito cara e rara e a molhada não dá para a confeção dos seus produtos.

Sustentou que, com o fecho de uma das Agências das Nações Unidas, que é a  UNIOGBIS, perderam igualmente muitos clientes porque, através dessa organização, muitos profissionais técnicos e consultores em missão no país,  quando voltam para os seus países adquirem peças artesanais.

Segundo esta porta voz, o momento não é para falar de benefícios porque só estão a vender para sobrevivência diária das famílias.

Alexandrina Marina Mané pede ao Governo para que olhe para os artesões,  e fundamenta que apesar de ser um sector privado representa a identidade da Guiné-Bissau, e “é uma imagem do país que não pode ser visto nos livros porque pouco se escreve do sector”.

Para Braima Sissé, vendedor de estatuetas de madeira, a situação dos artesões em termos de negócios é muito difícil porque dependem de turistas para viver, de altos dirigentes e algumas pessoas que viajam para fora do país.

De acordo com ele, o Estado não reconhece este sector, apesar das contribuições que pagam.

“Desde o início da pandemia até hoje não beneficiou de nenhuma ajuda de pelo menos de máscara porque lida com pessoas que vêm de fora sobretudo pessoas de países mais infectados com Covid-19”, disse Sissé.

Aladje Indjai vendedor de peças diversas de arte disse que o negócio é muito difícil neste momento de Covid-19 porque os turistas, que compram os seus produtos, deixaram de frequentar o país.

Disse que as matérias-primas, que utilizam para confeccionar os seus produtos, são adquiridas localmente e também no Senegal e Mali. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau


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