Bissau – Os escultores da Feira de Artesanato de Bissau
estão a deparar-se com dificuldades de negócios por falta de turistas no país
neste momento da pandemia de coronavírus, disse à Agência de Notícias da Guiné,
a porta-voz dos artesões
Alexandrina
Marina Mané disse que atualmente, devido a esta situação, os promotores e
produtores das artes, principalmente da madeira, que mais produzem, são
agricultores e que a maioria já voltou para suas tabancas e regiões por falta
de meios.
"Nesta
segunda vaga, os poucos que vieram também estão com grandes dificuldades dentre
as quais a falta de turistas que constituem 80 por cento dos seus clientes”,
disse, Alexandrina Mané.
Segundo
ela, “a situação está a ficar cada dia mais dramática porque não temos apoios
de ninguém, contrariamente a outros países, em que há subvenção aos artesões”.
Mané
afirmou que, os poucos clientes que vão à Feira têm lamentado igualmente as
dificuldades que a crise pandémica impõe. Disse que estão actualmente a vender
os seus produtos a preço de promoção.
De
acordo com Alexandrina Mané, outra dificuldade com que os artesões se confrontam
tem a ver com a aquisição de madeiras secas para confecções dos seus produtos, acrescentando
que a madeira seca está muito cara e rara e a molhada não dá para a confeção dos
seus produtos.
Sustentou
que, com o fecho de uma das Agências das Nações Unidas, que é a UNIOGBIS, perderam igualmente muitos clientes
porque, através dessa organização, muitos profissionais técnicos e consultores
em missão no país, quando voltam para os
seus países adquirem peças artesanais.
Segundo
esta porta voz, o momento não é para falar de benefícios porque só estão a
vender para sobrevivência diária das famílias.
Alexandrina
Marina Mané pede ao Governo para que olhe para os artesões, e fundamenta que apesar de ser um sector
privado representa a identidade da Guiné-Bissau, e “é uma imagem do país que não
pode ser visto nos livros porque pouco se escreve do sector”.
Para
Braima Sissé, vendedor de estatuetas de madeira, a situação dos artesões em
termos de negócios é muito difícil porque dependem de turistas para viver, de
altos dirigentes e algumas pessoas que viajam para fora do país.
De
acordo com ele, o Estado não reconhece este sector, apesar das contribuições
que pagam.
“Desde
o início da pandemia até hoje não beneficiou de nenhuma ajuda de pelo menos de
máscara porque lida com pessoas que vêm de fora sobretudo pessoas de países
mais infectados com Covid-19”, disse Sissé.
Aladje
Indjai vendedor de peças diversas de arte disse que o negócio é muito difícil
neste momento de Covid-19 porque os turistas, que compram os seus produtos,
deixaram de frequentar o país.
Disse
que as matérias-primas, que utilizam para confeccionar os seus produtos, são adquiridas
localmente e também no Senegal e Mali. In “Agência
de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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