Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Internacional - Investigação conjunta da Universidade de Macau e da Universidade de Stanford alcança resultados históricos sobre o cancro do pulmão


A Faculdade de Ciências da Saúde (FHS) da Universidade de Macau (UM), a Universidade de Stanford e o MD Anderson Cancer Center conseguiram bons resultados na sua investigação colaborativa sobre o cancro do pulmão.

A equipa de cientistas descobriu que o gene NSD3 está envolvido na tumorigénese do cancro do pulmão de células escamosas e, ainda, que o NSD3 pode ser um alvo eficaz para o tratamento desse tipo de cancro. A descoberta, publicada em estudo na prestigiada revista Nature, é histórica, avança, em comunicado, a UM.

Existem dois tipos de cancro de pulmão: de células pequenas e de células não pequenas. O último inclui principalmente adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e carcinoma de células grandes. O cancro de pulmão de células não pequenas cresce mais lentamente do que o de células pequenas. No entanto, apenas cerca de um quarto dos casos em estágio inicial podem ser tratados com cirurgia, e metástases ou recorrência ainda podem ocorrer após a cirurgia. Portanto, constata a UM, ainda há muito espaço para melhorias no tratamento do cancro de pulmão.

Neste estudo, a equipa de investigadores descobriu uma via de regulação molecular intrínseca pela qual o NSD3 promove a tumorigénese do carcinoma de células escamosas do pulmão. A descoberta desse mecanismo derruba especulações anteriores de que o cromossoma oito identifica o gene do cancro e, mais importante, fornece um novo alvo terapêutico para o tratamento do carcinoma de células escamosas do pulmão.

Em estudos anteriores ao carcinoma de células escamosas do pulmão, a amplificação de regiões específicas do cromossomo oito promoveu a tumorigénese do carcinoma de células escamosas do pulmão. Inicialmente, o gene condutor primário era a proteína FGFR1, mas os ensaios clínicos que tentaram atingir a proteína FGFR1 não tiveram sucesso.

Agora, os cientistas descobriram que a metiltransferase H3K36, NSD3, também está localizada nesta região do cromossomo oito. Usando ratos de laboratório, o NSD3 retardou o crescimento do tumor e prolongou a sobrevivência dos pequenos animais. O estudo também identificou uma variante genética no NSD3, que é comum em pacientes com esse tipo de tumor, aumentando a actividade catalítica da dimetilação do H3K36 tanto in vitro quanto in vivo. Este estudo também revelou que os tumores dependentes de NSD3 podem ser sensíveis aos inibidores do bromodomínio com potencial valor clínico.

O estudo foi conduzido pelo Prof Or Gozani no Departamento de Biologia da Universidade de Stanford, com o Dr. Shao Ningyi, um professor assistente na FHS da UM, como co-autor correspondente. In “Ponto Final” - Macau


 

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