Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Macau - Instituto Politécnico de Macau organiza conferência para dar a conhecer oportunidades académicas da Grande Baía

É com o objectivo de analisar as oportunidades de cooperação académica que a iniciativa da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau proporciona que o Instituto Politécnico de Macau (IPM) organize amanhã uma conferência. Joaquim Ramos de Carvalho será o orador desta conferência. O coordenador do Centro Internacional Português de Formação do IPM explicou ao Ponto Final que a “há uma falta de informação, neste momento, nas instituições de ensino superior académicas nos países de língua portuguesa sobre o que é a Grande Baía e as oportunidades que isso representa”


Realiza-se amanhã, entre as 15h30 e as 16 horas, uma conferência no Instituto Politécnico de Macau (IPM) sobre a Área da Grande Baía e o futuro da cooperação académica entre a China e os Países de Língua Portuguesa. O orador do evento será Joaquim Ramos de Carvalho, Coordenador do Centro Internacional Português de Formação do IPM.

Ao Ponto Final, o responsável do IPM começou por explicar que o objectivo da conferência é “analisar as oportunidades de cooperação académica, ao nível do ensino superior sobretudo e na área da inovação, que esta iniciativa da Grande Baía abre para os países de língua portuguesa e para a China”.

Joaquim Ramos de Carvalho diz mesmo que há “uma falta de informação, neste momento, nas instituições de ensino superior académicas nos países de língua portuguesa sobre o que é a Grande Baía e as oportunidades que isso representa”. “Não porque não existe informação, mas porque essa informação ainda não passou pelos circuitos normais de absorção e de integração nas estratégias académicas. Esta conferência é sobretudo um contributo para isso”, explicou.

Na opinião do responsável do IPM, a iniciativa da Grande Baía vai criar “muitas oportunidades para uma maior colaboração entre as instituições de ensino superior”. Isto porque “há muitas referências aos países de língua portuguesa nos documentos estratégicos da Grande Baía”, quer nas áreas da inovação, aplicação de conhecimento científico, circulação de talentos e criação de espaços de incubação comuns para empresas. Joaquim Ramos de Carvalho detalha que os sectores privilegiados para estas cooperações são os da área financeira, circulação de produtos alimentares, medicina tradicional chinesa, e, além disso, “outras áreas em que Macau tem um papel especial dentro da Grande Baía, como o turismo e os intercâmbios culturais”.

Então, em que ponto estão actualmente as relações académicas entre a China e os países de língua portuguesa? “Em todos os países de língua portuguesa há um movimento crescente de interesse académico por essas relações, em grande parte também alimentado pela política dos institutos Confúcio, mas também do muito interesse que existe por parte das universidades e das instituições de ensino superior em geral”, respondeu o orador da conferência de quinta-feira.

“Normalmente, o ensino superior segue os grandes movimentos económicos. Estes movimentos de integração, regionalização e de movimentação de pessoas, bens e serviços fornece sempre muita matéria para as instituições de ensino superior se debruçarem e encontrarem oportunidades”, concluiu o antigo responsável pelo desenvolvimento das relações com a China, a Europa e os países de língua portuguesa na Universidade de Coimbra.

A conferência será proferida em português, com tradução simultânea para língua chinesa, no Anfiteatro n.º 1 do Edifício Wui Chi. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição, que deverá ser feita no site do IPM. André Vinagre – Macau in “Ponto Final”

andrevinagre.pontofinal@gmail.com


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