É com o objectivo de analisar as oportunidades de cooperação académica que a iniciativa da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau proporciona que o Instituto Politécnico de Macau (IPM) organize amanhã uma conferência. Joaquim Ramos de Carvalho será o orador desta conferência. O coordenador do Centro Internacional Português de Formação do IPM explicou ao Ponto Final que a “há uma falta de informação, neste momento, nas instituições de ensino superior académicas nos países de língua portuguesa sobre o que é a Grande Baía e as oportunidades que isso representa”
Realiza-se
amanhã, entre as 15h30 e as 16 horas, uma conferência no Instituto Politécnico
de Macau (IPM) sobre a Área da Grande Baía e o futuro da cooperação académica
entre a China e os Países de Língua Portuguesa. O orador do evento será Joaquim
Ramos de Carvalho, Coordenador do Centro Internacional Português de Formação do
IPM.
Ao
Ponto Final, o responsável do IPM começou por explicar que o objectivo da
conferência é “analisar as oportunidades de cooperação académica, ao nível do
ensino superior sobretudo e na área da inovação, que esta iniciativa da Grande
Baía abre para os países de língua portuguesa e para a China”.
Joaquim
Ramos de Carvalho diz mesmo que há “uma falta de informação, neste momento, nas
instituições de ensino superior académicas nos países de língua portuguesa
sobre o que é a Grande Baía e as oportunidades que isso representa”. “Não
porque não existe informação, mas porque essa informação ainda não passou pelos
circuitos normais de absorção e de integração nas estratégias académicas. Esta
conferência é sobretudo um contributo para isso”, explicou.
Na
opinião do responsável do IPM, a iniciativa da Grande Baía vai criar “muitas
oportunidades para uma maior colaboração entre as instituições de ensino superior”.
Isto porque “há muitas referências aos países de língua portuguesa nos
documentos estratégicos da Grande Baía”, quer nas áreas da inovação, aplicação
de conhecimento científico, circulação de talentos e criação de espaços de
incubação comuns para empresas. Joaquim Ramos de Carvalho detalha que os
sectores privilegiados para estas cooperações são os da área financeira,
circulação de produtos alimentares, medicina tradicional chinesa, e, além
disso, “outras áreas em que Macau tem um papel especial dentro da Grande Baía,
como o turismo e os intercâmbios culturais”.
Então,
em que ponto estão actualmente as relações académicas entre a China e os países
de língua portuguesa? “Em todos os países de língua portuguesa há um movimento
crescente de interesse académico por essas relações, em grande parte também
alimentado pela política dos institutos Confúcio, mas também do muito interesse
que existe por parte das universidades e das instituições de ensino superior em
geral”, respondeu o orador da conferência de quinta-feira.
“Normalmente,
o ensino superior segue os grandes movimentos económicos. Estes movimentos de
integração, regionalização e de movimentação de pessoas, bens e serviços
fornece sempre muita matéria para as instituições de ensino superior se debruçarem
e encontrarem oportunidades”, concluiu o antigo responsável pelo
desenvolvimento das relações com a China, a Europa e os países de língua
portuguesa na Universidade de Coimbra.
A
conferência será proferida em português, com tradução simultânea para língua
chinesa, no Anfiteatro n.º 1 do Edifício Wui Chi. A participação é gratuita,
mas sujeita a inscrição, que deverá ser feita no site do IPM. André Vinagre –
Macau in “Ponto Final”
andrevinagre.pontofinal@gmail.com
Sem comentários:
Enviar um comentário