Em
mais um ano que se antevê marcado pelos efeitos da pandemia, o Aeroporto
Internacional de Macau aposta em afirmar-se como uma “porta internacional” para
a Grande Baía. O objectivo, que passa pela abertura do Segundo Terminal, foi
reafirmado ontem pelo presidente do Conselho de Administração da direcção da
CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, Mao Iao Hang, durante um
almoço de celebrado do Ano Novo Lunar.
“O
projecto da infra-estrutura do Segundo Terminal foi desenhada e construída para
melhorar o espaço e serviços do Aeroporto Internacional de Macau. Também o
terminal do Pac On vai ser construído como centro de integração de transportes
terrestres, marítimos e aéreos para prestar melhores serviços aos residentes de
Macau e da Grande Baía”, afirmou Ma Iao Hang. “Vamos cooperar com o plano
nacional do desenvolvimento de Macau e para consolidar a posição de Macau como
uma porta internacional”, acrescentou.
Apesar
do contexto difícil, até ao final do corrente ano o aeroporto vai ter
capacidade para receber cerca de 10 milhões de passageiros por ano, o que se
deve à expansão da Zona Sul do Aeroporto. Só em 2019, ainda sem as
infra-estruturas mais recentes, houve um total de 9,6 milhões de passageiros a
utilizar o aeroporto de Macau. “A construção da estrutura principal da expansão
Sul do aeroporto já chegou ao topo e prevemos que esteja completa no final do
ano. Vai permitir receber 10 milhões de passageiros por ano”, indicou o
presidente do Conselho de Administração.
Impacto “enorme”
Em
2020, o número de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau sofreu uma
quebra de 88 por cento de 9,1 milhões para 1,2 milhões. Já o número de partidas
e chegadas foi de 16.962, o que é uma quebra de 78 por cento. Por isso, a
companhia reconheceu ontem que o caminho no futuro vai continuar a ser difícil.
“A
pandemia da Covid-19 atingiu enormemente e de uma forma global a indústria da
aviação. Ao olhar para este último ano, o Aeroporto Internacional de Macau
implementou as medidas de prevenção da pandemia […] e enfrenta uma nova
dinâmica […] e todos os tipos de dificuldades e desafios”, foi reconhecido.
Apesar
disso, a empresa gestora do aeroporto diz que está preparada. “O Aeroporto
Internacional de Macau sofreu meses consecutivos com perdas de receitas […]
Porém, os princípios de gestão da tesouraria fazem com que haja fundos para
responder às necessidades das operações”, foi vincado.
Na
mensagem de Ma Iao Hang foi ainda sublinhado que entre 2015 e 2020 a empresa
pagou aos accionistas, entre empréstimos e distribuição de dividendos, cerca de
1,3 mil milhões de patacas.
A
CAM é detida em 55,2 por cento pelo Governo da RAEM e 34,5 por cento pela
Sociedade de Turismo e Diversões da Macau. O restante capital e detido por
outras empresas e investidores individuais, como os herdeiros de Winnie Ho,
irmã falecida de Stanley Ho. João Filipe – Macau in “Hoje
Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário