O MoAE – Museu de Arte e Educação, projecto pelos arquitectos portugueses Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira na cidade de Ningbo, China, inaugurado em Novembro, é um dos finalistas ao prémio Edifício do Ano 2021 da Archdaily
O
Museu de Arte e Educação de Ningbo, na costa leste da China, do arquitecto
Álvaro Siza Vieira com Carlos Castanheira, é um dos finalistas ao prémio
Edifício do Ano 2021, anunciado pela Archdaily. O projecto encontra-se entre os
cinco nomeados na categoria Arquitectura Cultural, uma das 15 que compõem os prémios
da plataforma internacional de arquitectura, e é o único de arquitectos
portugueses entre os candidatos, nesta edição. Os vencedores serão escolhidos
por votação dos membros registados na plataforma, até ao próximo dia 18, e
anunciados ‘online’ nesse mesmo dia.
O
museu, situado junto ao Lago Dongqian, tem cerca de seis mil metros quadrados e
foi inaugurado no passado mês de Novembro. Em vez de escadas, o edifício, com
uma altura de 25 metros, tem uma rampa sem barreiras a ligar os cinco andares e
é iluminado apenas por janelas situadas no rés-do-chão e no topo do museu.
Numa
entrevista concedida ao HM em Dezembro do ano passado, o arquitecto Carlos
Castanheira explicou como arrancou este projecto. “Recebemos um convite para
fazer cinco vilas. O programa já existia, o senhor já tinha um outro museu no
centro da cidade, onde tinha parte da sua colecção. Mas como ele está ligado à
educação, pois tem uma série de colégios, queria que através da arte se fizesse
educação, e daí o MoAE.”
O
MoAE acabou por ser um projecto semelhante a um outro já feito por Siza Vieira
no Brasil. “Neste caso era muito claro que o espaço existente era relativamente
pequeno para o programa que o cliente pretendia, daí ser necessário colocá-lo
em altura, com alguns pisos. Depois tivemos a sorte de ter uma colina com muita
presença. Esse programa era muito parecido com um outro que o Siza Vieira já
tinha feito no Brasil, e foi possível usar algumas dessas experiências neste
projecto. Mas este não é o mesmo do Brasil”, disse Carlos Castanheira.
Outros museus na corrida
O
MoAE concorre ao lado de espaços culturais como o Museu Audemars Piguet, em Le
Brassus, na Suíça, um projecto conjunto dos ateliês BIG, Bjarke Ingels Group,
Brückner e CCHE, com o centro chinês de Arte de Qujiang, em Xi’an – Shanxi,
projetado pelo ateliê Gad, de Hangzhou, com o edifício Experimenta, em
Heilbronn, na Alemanha, do ateliê Sauerbruch Hutton, de Berlim, e com o MEETT –
Centro de Congressos e Exposições de Toulouse, projetado pelo gabinete OMA, de
Rem Koolhaas, em Roterdão, que também concebeu o edifício da Casa da Música, no
Porto.
O
museu, situado junto ao Lago Dongqian, tem cerca de seis mil metros quadrados e
é um projecto do grupo privado chinês Huamao Group. O presidente deste grupo,
Xu Wanmao, convidou Álvaro Siza para a liderança da obra, depois de visitar o
Museu de Serralves, que Prémio Pritzker desenhou, no Porto.
Os
prémios Edifício do Ano da Archdaily são atribuídos em categorias de comércio,
cultura, desporto, educação, hotelaria, saúde e indústria, em arquitetura de
interiores, arquitectura paisagística e de espaços públicos, em edifícios de
escritórios, de habitação, em moradias, edifícios religiosos e em projectos de
pequena escala/pequenas instalações. É ainda distinguida a melhor aplicação de
materiais.
Os
75 finalistas – cinco em cada categoria -, para esta 12.ª edição, foram
escolhidos por votação dos membros da ArchDaily, entre 26 de Janeiro e 10 de
Fevereiro, a partir dos 4500 projectos submetidos e publicados na plataforma,
ao longo de 2020. Os finalistas podem ser vistos aqui.
A ArchDaily – Plataforma, com base em Nova Iorque, foi criada em 2008, reúne
profissionais das áreas da arquitectura, design, construção e meios de
comunicação especializados, dos diferentes continentes. In “Hoje
Macau” - Macau
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