O cabo-verdiano Zerbo Freire, de 21 anos, lançou ontem em
Macau o seu primeiro livro de poesia, com o sonho de um dia podia ser traduzido
em chinês
O
plano, “que é também um sonho”, é tentar traduzir o livro para chinês, contou à
Lusa o jovem de Cabo Verde, natural de Lém Cachorro, cidade da Praia.
“Questões
para onde irei, como irei” e tentar encontrar um caminho são o foco deste
primeiro livro, que foi apresentado na Fundação Rui Cunha, explicou.
A
tradução para chinês do seu livro de poesia “Visão, Direção, Ação”, da editora
COD, será o culminar de um sonho, que começou ainda em Cabo Verde com alguns
dos poemas a serem escritos em crioulo.
Zerbo
Freire chega a Macau, com 18 anos, em Agosto de 2017, através de uma bolsa de
estudo do Instituto Politécnico de Macau para estudar Língua e Cultura Chinesa.
Em Macau começou a traduzir alguns dos poemas que tinha escrito no dialecto da
sua terra natal para a “Língua de Camões”.
Parte
da influência da obra, explicou, nasceu também em Macau e em Pequim, onde o
jovem poeta esteve em 2019 em intercâmbio na Universidade de Língua e Cultura
de Pequim. Muitos poemas são germinados depois do conhecimento da língua e
cultura chinesa, detalhou.
O
jovem poeta explicou ainda o processo, “o contraste cultural e linguístico”,
que passou ao chegar ao continente asiático, até conseguir “admirar e respeitar
e apreciar a cultura chinesa”, principalmente a língua.
“Memórias,
viagens, experiências, saudade, mutações estão presentes” nas páginas de um
livro “onde a sua sensibilidade e escrita nos proporciona um olhar mais próximo
de um sentir e estar cabo-verdiano na China e no mundo”, destacou a Fundação
Rui Cunha na antevisão da sessão de lançamento. In “Jornal
Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”
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