Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Macau - Defendidos incentivos para atrair alunos lusófonos

Macau deve criar incentivos para que jovens oriundos dos países de Língua Portuguesa optem por estudar em instituições de ensino superior locais, defende Loi I Weng, subdirectora da Associação das Mulheres, convicta de que isso ajudaria os estudantes locais a ganhar visão internacional e a melhorar as suas capacidades linguísticas


Loi I Weng, subdirectora da Associação Geral das Mulheres, considera que à medida que a concorrência mundial é cada vez mais renhida, é urgente formar quadros locais com visão internacional para que Macau esteja à altura das regiões vizinhas. E, neste campo, o ensino superior tem uma missão essencial.

Assim, na sua perspectiva, após a fusão entre os Serviços do Ensino Superior e os Serviços de Educação e Juventude, o novo organismo deve focar-se no reforço da formação de “quadros internacionalizados”. Para este efeito, sugeriu que sejam importados elementos do exterior, desde “cursos de qualidade de topo no mundo” até “equipas de professores excelentes”.

No que respeita aos alunos, Loi I Weng defendeu a implementação de uma política de bilinguismo em que as instituições sejam reforçadas com software, hardware e ambiente, com vista a elevar efectivamente a capacidade dos alunos de dominar uma língua não materna.

Além disso, a responsável que trabalha na área da educação sustentou que as instituições devem recrutar estudantes dos países de língua portuguesa e alargar o espectro das origens dos alunos do exterior para que Macau se transforme efectivamente numa base de formação de quadros que dominam chinês e português na Ásia-Pacífico. “É preciso criar espaços para os estudantes locais trocarem opiniões e aprenderem com alunos estrangeiros. Através da aprendizagem mútua ao nível da língua e doutros conhecimentos profissionais, podem vir a ganhar visão internacional”, argumentou.

Por outro lado, a subdirectora da Associação das Mulheres propôs que os cursos passem a contar com mais exames e testes reconhecidos internacionalmente e que os estudantes sejam obrigados a passar nas respectivas provas. Entende ainda que as instituições locais devem colaborar com as do estrangeiro na criação de cursos que confiram duplo grau académico e no aumento do número de vagas para alunos de intercâmbio, para que mais jovens residentes possam conhecer melhor o mundo. Rima Cui – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”



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